Militares apoiam nota de Heleno, mas negam golpismo, diz ministro da Defesa

Fernando Azevedo minimiza ameaça do general de Bolsonaro e alega que “consequências imprevisíveis” é uma referência ao aumento da tensão entre os poderes

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As Forças Armadas concordam com a nota emitida na sexta (21) pelo general Augusto Heleno, na qual o chefe do Gabinete de Segurança Institucional do governo Jair Bolsonaro ameaça o Supremo Tribunal Federal, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

Heleno criticou o envio para avaliação da PGR (Procuradoria-Geral da República), pelo ministro do STF Celso de Mello, de um pedido de apreensão dos celulares do Jair Bolsonaro e de seu filho Carlos, no âmbito do inquérito sobre a interferência do presidente na Polícia Federal.

Na nota, o general fala em “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional”, caso a apreensão prossiga. No entanto, o comandante dos militares, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, negou que as "consequências" seriam uma ruptura ou golpe.

Embora a nota tenha sido entendida como uma ameaça à ordem democrática pelas principais lideranças políticas do país, Azevedo alega que o texto da nota se refere ao risco de uma crise institucional se o presidente não entregasse seu celular, como disse que não fará, na última sexta (22).