Comandantes das Forças Armadas participaram na última terça-feira (6), de reunião no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) que tratou, entre outros assuntos, dos protestos contra o governo no fim de semana anterior e também os riscos de o número de manifestantes nas ruas aumentar e pressionar o Congresso.
Curiosamente, a reunião com sinais de alinhamento dos militares ao governo foi um dia antes da nota com críticas às declarações do senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid.
A tendência é que, a partir de agora, as Forças Armadas não se furtem de se manifestar politicamente em prol do Executivo e de seus interesses.
Estavam presentes os ministros Braga Netto, da Defesa; André Mendonça, advogado-geral da União; e Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional. Além deles, também compareceram o comandante do Exército, general Paulo Sérgio; da Marinha, Almir Santos; e da Força Aérea, Carlos Baptista Júnior; e integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Durante a reunião foram reproduzidos vídeos com críticas aos atos e a presença de símbolos comunistas nos atos. O texto descrito pelo narrador fazia referência a uma suposta tentativa de instalar o comunismo no país, remetendo a alegações usadas para instaurar o golpe militar de 1964.
Um dos vídeos, de acordo com reportagem de Renato Souza, no Correio Braziliense, é de um militante bolsonarista que se infiltrou nas manifestações que ocorreram na Avenida Paulista. Se dizendo ex-militante da União da Juventude Socialista (UJS), o homem filmou os protestos, bandeiras de partidos e acusou os participantes de vestirem verde e amarelo e portarem a Bandeira do Brasil para descaracterizar símbolos usados em atos pró-Bolsonaro.
Veja os vídeos abaixo: