Ministério da Saúde defende isolamento contra Covid, mas recua e apaga mensagem

Internautas resgataram publicação e assunto virou um dos mais comentados do Twitter

Reprodução de mensagem que o Ministério da Saúde publicou e apagou no Twitter
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O Ministério da Saúde publicou, nesta quarta-feira (18), uma mensagem com informações corretas sobre os cuidados para evitar a Covid-19, dando conta de que não há remédio nem vacina e defendendo isolamento social para evitar a transmissão da doença. O texto ia contra o apregoado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que defende o uso da cloroquina no tratamento do novo coronavírus e insinuou que quem mantém o isolamento é “frouxo”. Mas, logo depois, a pasta apagou a publicação.

No entanto, internautas recuperaram o post no Twitter e começaram a republicá-lo. Nos comentários, faziam críticas ao recuo da pasta, sempre com cópia da publicação, para comprovar. Todos diziam que, quando o ministério acerta numa recomendação sobre a Covid, recua e apaga a publicação.

https://twitter.com/ThomasVConti/status/1329089734061088771
https://twitter.com/MBittencourtMD/status/1329093525087035395

O tema virou um dos mais comentados do Twitter na tarde desta quarta.

A mensagem era uma resposta a uma usuária do Twitter que indicara o antibiótico azitromicina para tratar a Covid.

Ministério diz que foi erro

Em nota enviada à Fórum, o Ministério da Saúde disse que a resposta foi apagada "por trazer informações equivocadas".

No texto, a pasta escreveu que "reforça a importância do atendimento precoce contra a Covid-19 e medidas de prevenção, como a lavagem das mãos, o uso de álcool em gel e de máscaras, até que seja encontrada uma solução efetiva para atender a população e evitar o risco de contágio". De acordo com a mensagem, "o protocolo de tratamento para a doença e uso de medicamentos está a critério dos profissionais de saúde, em acordo com a vontade dos pacientes".

"Reiteramos o compromisso da Pasta com a saúde da população brasileira e trabalhamos diuturnamente para obter uma vacina segura, eficaz e em quantidade o quanto antes para disponibilizar aos brasileiros", finalizou.

Matéria atualizada com o posicionamento do Ministério da Saúde