Após debate a R$ 300, Moro lança livro com ingressos a R$ 80 em Curitiba

Apesar de ter dito que não comentaria sobre a filiação ao Podemos ou propostas para a presidência, já que "era dia de falar sobre o livro", Moro alfinetou o concorrente Jair Bolsonaro

Foto: Reprodução/Twitter @sergiomoroCréditos: Reprodução/Twitter
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Sergio Moro (Podemos) já começou sua campanha para a presidência da República. Ao longo dos últimos dias, tem marcado presença em programas de televisão e aproveitado para fazer o seu nome na política - e também ganhar um dinheiro extra.

Após cobrar R$ 300 de quem quisesse assistir a um debate dele com o humorista Danilo Gentilli, Moro vendeu ingressos a R$ 80 para um evento de lançamento do seu livro "Contra o sistema da corrupção", ocorrido na noite desta quinta-feira (2), no teatro Positivo, em Curitiba.

O encontro abre a turnê do livro que ainda vai passar por Recife, São Paulo e Rio de Janeiro. Neste domingo (5), o evento está marcado para acontecer no Teatro Rio Mar, no Recife, com o mesmo valor - R$ 80 ingresso avulso e R$ 95 o pacote promocional, que vem com um livro autografado e um bloco de notas.

Na entrada do auditório, segundo reportagem de Plínio Lopes para o TAB UOL, um estande vendia o livro de Moro para quem ainda não o tivesse adquirido. Ao lado, também estava à venda "Os dias mais intensos" (Editora Planeta), escrito por Rosangela Moro, esposa do ex-juiz.

A produção do evento já havia informado que o ex-ministro de Bolsonaro não tiraria fotos, não daria novos autógrafos no seu livro e nem falaria com a imprensa.

Bolsonaro, pacote anticrime e Lula

Apesar de ter dito que não comentaria sobre a filiação ao Podemos ou propostas para a presidência, já que "era dia de falar sobre o livro", Moro alfinetou Jair Bolsonaro (PL), o pacote anticrime e os vetos que o presidente prometeu, mas não cumpriu. "Esse é um governo de mentiras", afirmou.

Para dar credibilidade ao livro, garantiu que os fatos narrados não são meras histórias. "Não é a minha versão. Essa é a verdade. Não tem essa de verdade alternativa", frisou

Julgado como parcial nos processos envolvendo o ex-presidente Lula (PT) no lawfare da Operação Lava Jato, ele justificou que foi "ético" com o petista. "O presidente respondeu em liberdade [...] e só foi preso em 2018 porque o tribunal mandou expedir o mandado de prisão que era a execução da condenação em segunda instância. Eu recebi aquilo e cumpri", disse Moro.