Movimento popular será esmagado por Bolsonaro se tentar um novo Chile, diz deputado

“Se a motivação for a do Chile, da Colômbia, esse tipo de mobilização que está acontecendo por aí, não se iluda, que será reprimida contundentemente”, disse

Foto: Vinicius Loures/Agência Câmara
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Um dos líderes da bancada evangélica, o deputado Lincoln Portela (PL-MG), da base governista, disse que qualquer movimento popular que se valha de armas será “esmagado” pelo presidente Jair Bolsonaro. Na hipótese de descambarem para a violência, seja com pedras, armas brancas ou de fogo, segundo ele, entrarão em ação a Força Nacional de Segurança e, em último caso, o Exército. Considerado um dos mais moderados da frente parlamentar evangélica, Lincoln acredita que a situação não chegará a esse nível no Brasil. Mas adverte. “Não acredito porque vem uma força esmagadora do Bolsonaro. Ele vem com tudo se houver um movimento, que será esmagado. Reprimido totalmente. Mas eles não querem isso. Nem os sindicatos querem”, ressaltou o deputado mineiro, que está em seu sexto mandato consecutivo, em entrevista ao Congresso em Foco. “Se a motivação for a do Chile, da Colômbia, esse tipo de mobilização que está acontecendo por aí, não se iluda, que será reprimida contundentemente. E mais, 50% da população vai apoiar, porque não quer isso para o Brasil. Os 30% que não são direita nem esquerda, mas contra o radicalismo, também vão se levantar, porque vão querer defender o patrimônio deles. Quem quer sua casa apedrejada?” O deputado disse ainda que se a esquerda puser milhões de pessoas nas ruas sem partir para a violência, não haverá repressão, pois o direito à livre manifestação de pensamento será respeitado. “O confronto é uma arte que você pode fazer no campo das ideias. A esquerda tem toda liberdade para fazer a mobilização dela pacífica, como foi o movimento ‘Passe livre’, que depois foi adulterado por infiltrações”, disse. Com informações do Congresso em Foco