Segundo Vilma Reis, coordenadora do CDCN, os responsáveis pelos programas já foram notificados anteriormente pelo movimento negro, mas não cumpriram o pedido. Eles alegam que seria censura por parte do movimento. Porém, Vilma defende: “isso não é discurso sobre censura, mas sobre violações de direitos humanos. É garantir a dignidade da população negra”.
De acordo com Vilma, os programas televisivos tem caráter sensacionalista . As imagens mostram perfurações de balas e brigas, além disso, a equipe de reportagem entra na delegacia, com a permissão do delegado, para entrevistar presos negros.
O CDCN e demais organizações do movimento negro foram ao Ministério Público ontem para exigir que este retome o termo de ajustamento de conduta. Além disso, querem que o delegado chefe do estado da Bahia proíba que os demais delegados abram as portas da delegacia pra expor a população negra.
Para Vilma a ida ao ministério se justifica pois “se a comunicação é de concessão pública cabe ao poder público controlar a ação”. O nome da rede de televisão não foi divulgado pelo movimento.
Com informações da Agência Pulsar.