MP do Rio denuncia ex-marido que matou juíza a facadas na frente das filhas

Paulo José Arronenzi esfaqueou sua ex-mulher na véspera de Natal; promotoria definiu crime como quintuplamente qualificado

Paulo José Arronenzi (Reprodução)
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou à Justiça, nesta quarta-feira (30), o engenheiro Paulo José Arronenzi, pela morte de sua ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi. O crime aconteceu no último dia 24, véspera de Natal, diante das filhas do casal. A juíza foi esfaqueada várias vezes e morreu no local, uma avenida na Barra da Tijuca, área nobre do Rio.

Caso a Justiça aceite a denúncia, ele passa a ser réu pelo feminicídio da juíza. O engenheiro está preso.

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A peça da promotoria defende que o crime é quintuplamente qualificado. Em primeiro lugar, por se tratar de feminicídio. Também acrescenta a qualificação de ele ter sido praticado na frente de três crianças, uma com 10 e duas gêmeas com sete anos de idade.

O inconformismo com o término do relacionamento, especialmente pelas consequências financeiras na vida do acusado fez com que a denúncia apontasse o motivo torpe como outra qualificadora.  O crime foi ainda qualificado pelo MP-RJ pelo fato de ter sido cometido por meio que dificultou a defesa da vítima. Isso porque ela foi atacada de surpresa quando descia do carro enquanto levava as filhas ao encontro do denunciado.

Também qualificou o crime o meio cruel utilizado, uma vez que as múltiplas facadas no corpo e no rosto da vítima lhe causaram intenso sofrimento físico. O documento descreve que o engenheiro desferiu diversas facadas contra sua ex-esposa de maneira consciente e voluntária. Isso, de acordo com a promotoria, causou a Viviane as lesões que foram a causa de sua morte.

Além de denunciar Arronenzi pelos crimes, a promotoria também pede que o engenheiro seja condenado a pagar indenização por danos materiais e morais causados à família da vítima. O valor deve ser apurado ao longo do processo.