MP monta operação para fechar "Uber da Milícia" em Rio das Pedras, onde Queiroz se refugiou

Um dos envolvidos no caso Marielle, o professor de artes marciais "Djaca", já fez propaganda do serviço em suas redes sociais

Operação mira proprietários da empresa RP Driver, no Rio das Pedras (Foto: Reprodução)
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O Ministério Público e a Polícia do Rio de Janeiro cumprem mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (19) contra proprietários da empresa RP Driver, acusada de transportar ilegalmente passageiros em Rio das Pedras. A comunidade, que fica na zona oeste do Rio, é conhecida por ser reduto da milícia e foi o local que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, usou para se esconder em dezembro de 2018. Investigações do MP-RJ apontam que o serviço da RP Driver servia como fonte de renda para as milícias da favela. Um dos envolvidos no caso Marielle e que também era morador da comunidade, o professor de artes marciais Josinaldo Lucas Freitas, apelidado de Djaca, já postou nas redes sociais imagens de panfletos que fazem propaganda da RP Driver, apelidado por ele de “Uber da Milícia”. Além de contato com milícia, Djaca também parece ser próximo da família Bolsonaro. Nas redes sociais, ele possui diversas fotos com os políticos. Uma delas foi postada em 28 de outubro de 2018, dia do segundo turno das eleições, e recebeu a curtida de Marcio Mantovano, preso junto com Djaca na operação do início de outubro. O chefe da milícia de Rio das Pedras é Ronnie Lessa, sargento de reserva da Polícia Militar e vizinho de Jair Bolsonaro no condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro. Lessa é o principal acusado de matar a vereadora Marielle e Anderson no ano passado.