MP pede cassação da chapa de Dória e acusa Alckmin de usar cargo para favorecer o candidato

A acusação é de que Geraldo Alckmin tenha oferecido o comando da Secretaria de Meio Ambiente como "moeda de troca" para obter vantagens eleitorais.

Dória com Alckmin, que, em 2018, teve o pior desempenho entre candidatos tucanos, considerando todas as eleições presidenciais
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A acusação é de que Geraldo Alckmin tenha oferecido o comando da Secretaria de Meio Ambiente como "moeda de troca" para obter vantagens eleitorais Por Redação O Ministério Público de São Paulo entrou com pedido na Justiça Eleitoral, nesta segunda-feira (26), que sugere, prioritariamente, a cassação da chapa de João Dória, candidato à prefeitura da capital paulista pelo PSDB. A ação do MP/SP aponta que o governador do estado, Geraldo Alckmin, teria usado a máquina pública da qual dispõe para favorecer a campanha do candidato de seu partido. De acordo com a acusação, Dória cometeu abuso de poder político. O promotor José Carlos Bonilha afirma que Alckmin designou o cargo de secretário a um integrante da chapa de Dória em troca de tempo de televisão no horário eleitoral. Com o apoio do PP, ele exonerou a secretária do Meio Ambiente e colocou em seu lugar Ricardo Salles, integrante do movimento Endireita Brasil. Para Bonilha, “a nomeação ocorreu em barganha política. O PP ofertou tempo para a Coligação Acelera SP [do candidato do PSDB], e, em troca, recebeu a secretária de estado. Isso a lei não permite porque há desvio de finalidade. Usa-se a secretaria de estado como 'moeda' de troca". A assessoria de imprensa da campanha de João Dória afirmou não ter sido notificada, mas, que caso seja, irá se defender e provar não ter havido ilegalidade. O governo de São Paulo emitiu nota, afirmando que os “esclarecimentos que o Governo Estadual encaminhará serão suficientes para demonstrar improcedência da ação judicial”.
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