MP-RJ pede que inquérito contra Felipe Neto por suposta corrupção de menores seja arquivado

O inquérito foi conduzido pelo delegado Pablo Dacosta Sartori, o mesmo que intimou o blogueiro por calúnia por ter chamado Bolsonaro de “genocida”. MP também recomendou arquivamento deste caso

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Foi pedido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) o arquivamento do inquérito instaurado contra o youtuber Felipe Neto por suposta corrupção de menores. A Justiça ainda vai avaliar o pedido.

Para o promotor Alexandre Themistocles, da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, não há elementos que configurem o crime. “Não há nenhum elemento a autorizar o reconhecimento de que o investigado tenha agido para satisfazer a própria lascívia. Não há notícia da existência de qualquer vítima”, escreveu em seu parecer.

De acordo com informações da repórter Paula Reverbel, no Estado de S.Paulo, o inquérito foi conduzido pelo delegado Pablo Dacosta Sartori, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), após registro de ocorrência do vereador fluminense Carlos Bolsonaro. 

O policial é o mesmo que intimou o youtuber a depor por suposto crime de calúnia com base na Lei de Segurança Nacional, por ter chamado o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) de “genocida”. Este inquérito foi suspenso pela Justiça em 18 de março. Depois, o MP recomendou o arquivamento.

Afastado

Sartori foi afastado da investigação de crimes cibernéticos que envolvam autoridades públicas pelo secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Alan Turnowski, no final de abril. O secretário determinou que Sartori investigue apenas crimes cibernéticos de natureza geral e que não envolvam políticos.

Além dos dois casos envolvendo Felipe Neto, Sartori também instaurou outra investigação, em 2020, que foi arquivada pela Justiça. O caso, na época, envolvia os apresentadores da Globo William Bonner e Renata Vasconcellos, depois que o Jornal Nacional noticiou o caso da suposta prática de "rachadinha" no gabinete do hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Com informações do Estadão