MPF afirma que esquema na Petrobras existe "há pelo menos 15 anos"

Informação foi divulgada por procuradores ao pedirem o bloqueio de bens das empreiteiras envolvidas no caso.

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Informação foi divulgada por procuradores ao pedirem o bloqueio de bens das empreiteiras envolvidas no caso Por Redação O Ministério Público Federal afirma que o esquema de corrupção investigado pela operação Lava Jato existe ao menos desde 1999. A informação foi divulgada no parecer em que o MPF pede à Justiça Federal do Paraná o bloqueio dos bens das empreiteiras envolvidas no caso. Em uma das 98 páginas do documento, os procuradores afirmam: "Muito embora não seja possível dimensionar o valor total do dano é possível afirmar que o esquema criminoso atuava há pelo menos 15 anos na Petrobras, pelo que a medida proposta (sequestro patrimonial das empresas) ora intentada não se mostra excessiva”. O juiz Sérgio Moro negou o pedido de bloqueio dos ativos das companhias, com receio de que as empresas quebrassem. "Considerando a magnitude dos crimes e o tempo pelo qual se estenderam, não há condições de bloquear de imediato 5% ou 10% do montante dos contratos celebrados com a Petrobras ou mesmo sobre estimado ganho ilícito da empresa, sob pena de imediatos problemas de liquidez e de possível quebra das empresas", argumentou. Ele lembrou que o esquema está ligado às maiores empreiteiras do país, responsáveis por diversas obras públicas em todo o território nacional, o que significaria prejuízos para terceiros se o pedido fosse atendido. As empresas em questão são: Camargo Corrêa, OAS, Mendes Junior, Engevix, Queiroz Galvão, Iesa Óleo e Gás e Galvão Engenharia. No entanto, Moro concordou em bloquear valores de 17 investigados, tendo determinado o limite máximo de R$ 20 milhões para cada um deles. Foto de capa: Divulgação

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