Mulheres encerram Conferência com pedido de igualdade na participação política no país

Conferência Nacional propõe medidas de proteção ambiental, acesso á terra e moradia, além do combate à discriminação

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Conferência Nacional propõe medidas de proteção ambiental, acesso á terra e moradia, além do combate à discriminação Por Isabel Vieira Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr Participantes da 2ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Na primeira fila, ao centro, a ministra Matilde Ribeiro, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) Depois de quatro dias de debates, as 2,8 mil participantes da 2ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres aprovaram na noite de segunda-feira, 20, no encerramento do encontro, novas metas de políticas públicas que devem ser aplicadas pelos governos municipais, estaduais e federal. Entre as medidas, há mecanismos de proteção ao meio ambiente, acesso à terra e moradia e combate a discriminação contra negras, índias, lésbicas e idosas, por exemplo. Além disso, ressaltaram que vão cobrar dos meios de comunicação uma conduta de respeito à imagem da mulher e até mesmo a interdição de conteúdos machistas. No âmbito da participação política, reivindicaram a igualdade nas cadeiras da administração pública. Para Schuma Schumacher, integrante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher e uma das organizadoras da Conferência Nacional, a inclusão de uma proposta de reforma no sistema político foi uma questão central. Entre os pontos dessa proposta está a paridade no tempo utilizado na mídia durante as campanhas e, dentro dos partidos, a igualdade de gênero e étnico-racial. “Há muito tempo as mulheres reivindicam a participação nos espaços de poder e esse é um tema importante. Não vai ser por falta de propostas que a realidade das mulheres brasileiras não mudará", disse. Representante de Mato Grosso do Sul, a professora Marlene Ricarde contou que volta para casa com novas propostas e espera que os governos apliquem as medidas definidas na conferência. “No nosso estado, a luta está em construção”, afirmou. E acrescentou que o governo estadual precisa investir no combate à violência contra as mulheres no campo. “Também precisamos fazer formação a respeito de direitos, de cidadania, de como elas podem disputar os espaços de poder, seja no Legislativo, no Executivo ou dentro de suas associações no bairro". As propostas discutidas na Conferência, que incluem 11 temas centrais como acesso à saúde, educação, igualdade no trabalho e combate à violência, integrarão o 2º Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Agência Brasil