Músico chileno resgatou seus sete netos que viviam entre órfãos do Estado Islâmico

Patricio González vive na Suécia desde que fugiu de seu país natal, durante a ditadura de Pinochet. Sua filha e seu genro se mudaram para a Síria em 2014 para se juntar ao grupo extremista, mas foram mortos no início de 2019

Patricio González e seus sete netos (Foto: TVN Chile)
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Era maio do ano passado, quando o chileno Patricio González Gálvez conseguiu os abraços mais importantes da sua vida, após tirar da zona de guerra os seus sete netos abandonados em um campo de refugiados para órfãos do Estado Islâmico. González é um músico chileno que vive na Suécia desde que fugiu de seu país natal, durante a ditadura de Pinochet. Sua filha Amanda e seu gerno se mudaram para a Síria em 2014, e se juntaram ao grupo extremista, mas foram mortos no início de 2019. A partir de então, Gálvez iniciou sua cruzada para recuperar os seus netos. Os sete irmãos têm idades que variam entre 2 e 9 anos, e sobreviveram a bombardeios, à fome e doenças, além da perda dos pais. No entanto, o avô não poderá ficar com a guarda dos netos. Segundo o governo sueco, eles deverão ser adotados em separado, por novas famílias. Um guardião foi designado para supervisionar o processo de inserção das crianças e zelar pelo seu bem-estar legal e financeiro até a maioridade. Durante o processo de repatriação, alguns setores criticaram a iniciativa de González, e reclamaram que o país estava trazendo “filhos de terroristas”. Por isso, com o processo de adoção, as crianças ganharão novas identidades. Ainda assim, o guardião também terá a missão de garantir que as crianças mantenham contato próximo entre elas, e com seu avô Patrício.