Na Câmara, reforma política começa por voto em lista

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A primeira de cinco partes em que foi dividida a reforma na Câmara é a mais polêmica. PSDB, PSB e PDT são totalmente contrários. PFL e PT, favoráveis. PMDB recomenda aprovação apesar da divisão.

O projeto de lei da reforma política deve ser votado na Câmara dos deputados entre esta quarta e quinta-feira. Os principais pontos são o voto em lista fechada para o legislativo, financiamento público de campanha e fidelidade partidária. Tanto na oposição quanto na situação, há divisão. Os 57 deputados do PSDB devem se manifestar contrariamente ao voto em lista, assim como o PSB e o PDT. O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT-SP), em nota, acredita que "a lista fechada desestimula a renovação, perpetuando uma elite política no País" e que "o acórdão no Congresso que visa aprovar este arremedo de reforma a toque de caixa só trará prejuízos para a sociedade". O PMDB, apesar de recomendar apoio ao voto em lista e ao financiamento público, está dividido. Segundo levantamento da agência Reuters, 54 são a favor da lista e 70 do financiamento público. PT e PCdoB, da base governista, e DEM (ex-PFL) exigem apoio a todos os pontos da reforma.