“Não é a presidente que está sendo julgada, é a democracia”, diz Requião

(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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O senador Roberto Requião (PMDB-PR) rejeitou o argumento da acusação, de que Dilma tenha cometido um crime de responsabilidade. "Estamos discutindo um sistema de governo, que começou com tentativa de introdução do parlamentarismo", disse. Por Redação O senador Roberto Requião (PMDB-PR), companheiro de partido do presidente interino Michel Temer, usou seu tempo de cinco minutos na sessão do impeachment no Senado, na manhã desta segunda-feira (29), para criticar o processo  contra a presidenta eleita Dilma Rousseff. "Muitas vezes subi a essa tribuna para criticar a política da presidente. E fiz isso com desenvoltura. Hoje, falo constrangido, porque não é a presidente que está sendo julgada no Senado. É a democracia", disse Requião. Ele rejeitou o argumento da acusação de que Dilma tenha cometido um crime de responsabilidade. "Estamos discutindo um sistema de governo, que começou com tentativa de introdução do parlamentarismo", disse. O senador também fez críticas ao congelamento dos reajustes de gastos públicos proposto por integrantes do governo Temer. "Não se pode mais nascer, não se pode mais estudar, não se pode melhorar ensino, não se pode melhorar saúde. É o Brasil que está em jogo. Não é o mandato da presidente Dilma Rousseff”, insistiu. Roberto Requião é o segundo peemedebista a defender a petista hoje. A primeira foi a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu, que falou logo após o discurso da petista, neste quarto dia de julgamento da fase final do processo de impeachment no Senado. A presidenta afastada segue respondendo a perguntas de senadores. Esta fase deve durar até à noite. *Com informações da Agência Brasil Foto de Capa: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil