“Não faremos banda larga sem a participação do setor privado”, diz Dilma Rousseff

No evento, a presidenta defendeu a fabricação de software livre no Brasil.

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No evento, a presidenta defendeu a fabricação de software livre no Brasil Por Marcelo Hailer A presidenta e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), participou de um evento sobre banda larga e acesso a internet organizada pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP). Durante o debate, Rousseff defendeu a urgente regulamentação do Marco Civil da Internet, pois, de acordo com a candidata, só assim “será possível punir as empresas que não cumprirem a neutralidade da rede”. Dilma Rousseff também defendeu a universalização, por meio de lei, da banda larga. "O Brasil vai mudar de patamar em termos do seu desenvolvimento construindo a universalização da banda larga", afirmou. Participantes do evento questionaram se não seria mais fácil instituir o acesso universal a banda larga por meio de decreto. A presidenta garantiu que não e voltou a defender o dispositivo de Projeto de Lei, pois, de acordo com Rousseff, com o PL “se evita a judicialização da questão”. A presidenta também declarou que a política de implantação de banda larga terá participação das empresas privadas. “Não faremos banda larga sem a participação do setor privado”, declarou a presidenta, que disse respeitar quem defende uma política essencialmente estatal. Porém, afirmou que nos tempos atuais “é impossível” fazer uma política sem a participação de setores privados. As denúncias do ex-programador da NSA (National Security Agency), Edward Snowden, de que cidadãos e chefes de estados, inclusive a presidenta Dilma, eram espionados também foram pauta do encontro. A presidenta declarou que as denúncias de Snowden foram importantes no sentido de que ele revelou ao mundo a existência de um centro de inteligência e de espionagem e que alçou a questão da importância de se fazer valer os Direitos Humanos na internet e na esfera civil. O ativista e professor Sérgio Amadeu (UFABC), que estava presente no evento, perguntou à presidenta qual seria a sua proposta no desenvolvimento de software livre e por que o governo gasta tanto dinheiro com software fechados, como é o caso do Windows. Em resposta, Rousseff concordou que “não há justificativa para tanto gasto com software fechados” e disse que é necessária uma política pública de incentivo à construção de software livres no Brasil.