'Não tem ninguém mais ferido que eu', afirma Richa

De maneira incoerente, o governador do Paraná pediu desculpas pelo massacre contra os professores de Curitiba, mas responsabilizou os manifestantes e a polícia pelo ocorrido

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De maneira incoerente, o governador do Paraná pediu desculpas pelo massacre contra os professores de Curitiba, mas responsabilizou os manifestantes e a polícia pelo ocorrido  Por Redação  Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo concedida nesta sexta-feira (8), o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), pediu desculpas por algo que, segundo ele, não foi sua culpa. Parece incoerente, mas o fato é que Richa afirmou que o governo deve desculpas à população, mas se isentou de qualquer responsabilidade, como governador, pelo massacre que deixou centenas de manifestantes feridos na semana passada em Curitiba.  "Posso te assegurar: não tem ninguém mais ferido que eu. Eu estou ferido na alma. O mais prejudicado hoje sou eu. Ao meu ver, o governo deve desculpas, sim. E o sindicato dos professores. Devem desculpas à sociedade paranaense e brasileira pelo episódio lamentável que aconteceu aqui na frente", disse.  Apesar das 'desculpas', as cenas de violência, segundo ele, são de responsabilidade da Polícia Militar, que apenas reagiu à postura de alguns manifestantes.  "Eu pedi o tempo todo para a polícia que fosse tolerante, que evitasse o confronto ... Eu não estava no controle da operação. Nem aqui no Palácio Iguaçu [em frente à Assembleia] eu estava. Foi uma operação militar. Há imagens de manifestantes partindo para cima da polícia, de pessoas radicais tirando as pedras do calçamento para atirar nos policiais. Em determinado momento, os policiais ficaram acuados e reagiram", completou.  Após a repercussão da operação policial, o secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, pediu demissão, bem como o secretário da Educação, Fernando Xavier Ferreira.  O episódio rendeu baixas até mesmo na Polícia Militar. César Kogut, comandante-geral da corporação, também deixou o cargo após afirmar que o grande responsável pela operação foi o secretário de Segurança Pública. Foto: Divulgação