Negras e negros tomam ruas de SP contra reformas de Temer

A principal motivação para a Marcha são os possíveis efeitos nas condições já precarizadas de vida da população negra, a partir das atuais politicas e reformas implementadas pelo governo golpista de Temer.

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A principal motivação para a Marcha são os possíveis efeitos nas condições já precarizadas de vida da população negra, a partir das atuais politicas e reformas implementadas pelo governo golpista de Temer. Por Douglas Belchior, (com fotos de Jornalistas Livres, Mídia Ninja e Ponte Jornalismo) Neste último sábado, dia 1 de Abril, diversos grupos e organizações do movimento negro de São Paulo convocaram a Marcha Negra Contra as Reformas Genocidas de Temer. A Uneafro Brasil, rede de Cursinhos comunitários para jovens negros e pobres, mobilizou seus estudantes após uma aula-pública na faculdade de direito da USP, local de concentração do ato. Em parceria com MTST, onde mantém unidades de cursinhos em acampamentos da cidade de São Paulo, mobilizaram estudantes e moradores Sem Teto. Ativistas negras de diversos grupos participaram, entre eles representações da Frente Alternativa Preta, Negras e Negros Sem Medo, Núcleo de Consciência Negra na USP, MNU -Movimento Negro Unificado, APN’s – Agentes de Pastoral Negras e Negros, Conen – Coordenação Nacional de Entidades Negras de SP, Kilombagem, Associação Amparar, Núcleo Impulsor da Marcha das Mulheres Negras SP, Cooperifa, Coletivo Rosa Zumbi, além de ativistas e grupos autônomos. A principal motivação para a Marcha são os possíveis efeitos nas condições já precarizadas de vida da população negra, a partir das atuais politicas e reformas implementadas pelo governo golpista de Temer, com amplo apoio do congresso nacional e da grande mídia, conforme trecho da Nota publicada pelo conjunto de movimentos negros. O fim do direito a aposentadoria, o desmonte dos direitos trabalhistas, a terceirização irrestrita do trabalho, o congelamento de investimentos sociais por 20 anos e o aumento da repressão e da violência policial tem um caráter explicitamente racista e genocida(…) Sim, com as reformas de Temer, os efeitos do racismo e o genocídio negro vão se aprofundar. A Marcha de concentrou no Largo São Francisco, de frente à Faculdade de Direito da USP e seguiu até o MASP, na Avenida Paulista, onde se encontrou com o tradicional bloco do Cordão da Mentira. Vejam fotos e videos: Milton Barbosa, fundador do MNU – Movimento Negro Unificado e Maria José Menezes, fundadora do Núcleo de Consciência Negra na USP Estudantes dos Cursinhos da Uneafro Luiz de Jesus, Coordenador do Núcleo Uneafro Jabaquara e membro da Frente de Evangélicos Pelo Estado de Direito Beatriz Lourenço, Frente Alternativa Preta Kaio Gabriel, militante da Uneafro Brasil