New York Times chama Bolsonaro de mini-Trump em análise sobre assembleia geral da ONU

Um artigo assinado pelo chefe do escritório do jornal no Rio, o ex-editorialista Ernesto Londoño fala sobre a destruição da Amazônia e coloca uma pensata: "imagine Bolsonaro sendo julgado por ecocídio em Haia"

Trump e Bolsonaro (Foto: Alan Santos/PR)
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Em uma análise dobre a assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que acontece a partir desta terça-feira (24), o jornal The New York Times classificou neste domingo (22) Bolsonaro como um "mini-Trump", " uma figura polarizadora em casa que, como Trump, descarta os medos sobre as mudanças climáticas e ridiculariza os críticos no Twitter". No sábado (21), um artigo assinado pelo chefe do escritório no Rio, o ex-editorialista Ernesto Londoño fala sobre a destruição da Amazônia e coloca uma pensata: "imagine Bolsonaro sendo julgado por ecocídio em Haia". Ao editor do NYT, Eloísa Machado, professora de direito da Universidade Getúlio Vargas, em São Paulo, disse que o desmantelamento de proteções ambientais de Bolsonaro, que dizimou as comunidades indígenas da Amazônia, já atende aos critérios de crimes contra a humanidade sob a lei internacional existente. Eles poderiam, disse ela, equivaler a genocídio. A Amazônia deve ser um dos principais temas do discurso de Jair Bolsonaro, em sua estreia na abertura da assembleia da ONU. Ele diz que fará uma defesa do que chama de "soberania nacional" e da atuação do governo brasileiro na região. Na sexta-feira (20), em uma breve conversa com jornalistas na entrada da residência oficial do Palácio da Alvorada, o presidente disse que seus antecessores, quando iam à ONU, "falavam e não diziam nada". “Eu ouvi pronunciamentos anteriores de outros chefes de Estado do Brasil", afirmou Bolsonaro. "No passado, tinha muita... Falava, falava, falava e não dizia nada. Temos que falar do patriotismo nosso, da questão da soberania, do que o Brasil representa para o mundo", completou o presidente.