No Rio de Janeiro, MPL convoca ato contra o aumento das passagens de ônibus e trem

No último protesto contra o aumento das tarifas, no dia 16, pelo menos 18 pessoas foram detidas pela polícia militar

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No último protesto contra o aumento das tarifas, no dia 16, pelo menos 18 pessoas foram detidas pela polícia militar Por Redação [caption id="attachment_40771" align="alignleft" width="300"] Ato do MPL, em dezembro, contra o aumento das tarifas. (Foto: MPL-RJ)[/caption] Está marcado para hoje (28), às 17h, uma nova manifestação contra o aumento das tarifas dos transportes públicos no Rio de Janeiro. O ato, convocado pelo Movimento Passe de Livre do Rio de Janeiro e Niterói através das redes sociais, vai começar na praça Pio X, na Candelária, e deve seguir até a Central do Brasil. Mais de 3 mil pessoas estavam confirmadas no evento do Facebook. De acordo com os organizadores do protesto, as pessoas devem ir às ruas pois o aumento da tarifa “é um ataque aos usuários desse caquético sistema de transporte coletivo e também contra todos que resolveram se erguer e usar a rua como espaço para exercício da política”. A população do Rio de Janeiro foi surpreendida no último dia 13 com um reajuste de 5,7% nas tarifas dos ônibus intermunicipais. As passagens, que custavam R$2,90 passaram a valer R$3,00, enquanto o bilhete único, cujo menor valor era de R$4,95, passou a custar R$5,25. Além do aumento na tarifa dos ônibus intermunicipais, foi divulgado ainda que a Supervia, empresa que administra os trens do Rio de Janeiro, está autorizada a praticar a nova tarifa com valor de até R$3,20. Atualmente o bilhete custa R$2,90. O reajuste não havia sido divulgado com antecedência, o que, segundo o Ministério Público, é indevido, uma vez que a população deve ser avisada pelo menos 10 dias antes do aumento. De acordo com o jornal O Globo, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) declarou, em relação ao aumento, estar aguardando o parecer do Tribunal de Contas do Município (TCM) que em dezembro havia afirmado que o aumento das passagens não é aconselhável e que há indício de “caixa preta” na estipulação da planilha de custos para justificar a tarifa. O parecer do TCM deve ser dado no início de fevereiro. No último dia 16, três dias após o aumento das passagens, centenas de pessoas tomaram as ruas da Candelária e seguiram em passeata rumo à Assembleia Legislativa (Alerj) para protestar não só contra o reajuste, mas também em prol da gratuidade e do aumento qualidade no transporte público.  18 manifestantes foram detidos pela Polícia Militar, que alegou “dano ao patrimônio público” para prender o grupo.