No Brasil, novos protestos contra ação do exército israelense

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Em Porto Alegre, Corumbá e São Paulo, novas manifestações de solidariedade aos palestinos são realizadas. Na terça-feira, 13, o Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino lançou, na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, um manifesto e ato público condenando os ataques do exército israelense.

A iniciativa, que reuniu dezenas de entidades do movimento social e partidos políticos, foi do Centro Brasileiro de Defesa da Soberania dos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Federação Árabe-Palestina do Brasil (Fepal) e da Sociedade Árabe Palestina do Rio Grande do Sul. Além dessas entidades, o ato foi coordenado conjuntamente pelas Centrais Sindicais.

Em Corumbá (MS), os protestos acontecem nesta quinta-feira, 15. Um ato público “em favor da paz e da vida, contra o crime de lesa-humanidade perpetrado por forças militares à população civil da Faixa de Gaza, na Palestina ocupada” será realizado no centro da cidade à partir das 16h, por diversas organizações.

Na sexta-feira, 16, é a vez dos paulistanos irem às ruas protestar. A concentração é convocada para a Praça da República (centro da cidade), às 17h.

Leia o manifesto gaúcho.

CARTA DO COMITÊ GAÚCHO DE SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO Em 1947 o Conselho de Segurança da ONU aprovou a partilha que dividiu a histórica Palestina em dois estados (Israel e Palestina).
Quase 800 mil palestinos foram expulsos de forma brutal e sangrenta de suas terras, vilas e lares. Sessenta anos após, o povo palestino continua resistindo à ocupação israelita-sionista. Mesmo condenado a sobreviver em campos de concentração dentro de 17,2% do que lhes restou de suas terras, ou a ser cidadãos de segunda categoria dentro das fronteiras de Israel.
O que acontece na Palestina?
A nação palestina sofre um verdadeiro regime de Apartheid: cidades cercadas por muros e arames farpados, mais de 600 postos de controle que impedem a livre circulação, servindo como instrumentos de castigo coletivo à população. A construção promovida por Israel de assentamentos ilegais, os mais de 10 mil presos políticos nos cárceres israelenses, a “ocidentalização” de Jerusalém Oriental, mostram que Israel ocupa a Palestina, militar, econômica e politicamente.
Quem são os Palestinos?
Os palestinos são aproximadamente nove milhões. Quatro milhões vivem na Jordânia, Síria, Líbano e outros paises árabes onde sobrevivem em campos de refugiados. Um milhão de palestinos encontra-se em diáspora nos mais diferentes países. Mais quatro milhões vivem nos territórios ocupados da Palestina, Cisjordânia, Faixa de Gaza e Israel.
Os palestinos vivem sob a política segregacionista do governo de Israel, que detém o controle do fornecimento de água, eletricidade e combustíveis. A movimentação dos palestinos é severamente controlada por 600 barreiras militares, muro da vergonha com 700km de comprimento e 8m de altura, que corta e cerca a Palestina.
Israel controla todas as fronteiras não permitindo o retorno dos palestinos. A Faixa de Gaza é a área de maior densidade populacional do planeta, com cerca de quatro mil hab por quilômetro quadrado.
O massacre
Desde o dia 27 de dezembro de 2008, o exército de Israel vem promovendo um novo massacre. Não podemos chamar de guerra a esta carnificina, onde o quarto maior exército mundial executa indistintamente crianças e mulheres com o pífio argumento de que combate as forças do Hamas.
Esta agressão criminal é contra o povo palestino, suas casas, escolas, mesquitas, hospitais, crianças, mulheres e anciões.
Terrorismo, para Israel, é qualquer ato de resistência, é qualquer árabe que não se submeta aos ditames dos invasores.
As verdadeiras razões da barbárie
Às vésperas das eleições em Israel, o governo sionista lança os violentos ataques ao povo palestino com a intenção de promover eleitoralmente seus partidos às custas do sangue de inocentes. Ao mesmo tempo que busca, através da força, dividir a nação palestina e seus representantes, para impedir a criação de um Estado Palestino livre e soberano.
O Comitê de Solidariedade ao Povo Palestino – RS convoca:
A todos os democratas do mundo a denunciar esta monstruosidade e combater, de todas as formas possíveis, as atrocidades do governo de Israel e seu comparsas imperialistas, os EUA, com sua política de dominação opressiva, massacrando povos do oriente médio, como Iraque, Afeganistão, Palestina, Líbano...
Pelos motivos expostos, exigimos:
1-FIM IMEDIATO DOS ATAQUES E AGRESSÕES AO POVO PALESTINO;
2-RETIRADA INCONDICIONAL DAS TROPAS ISRAELENSES E LEVANTAMENTO DO CERCO A GAZA;
3-ABERTURA DAS PASSAGENS PARA AJUDA HUMANITÁRIA;
4-FIM DA OCUPAÇÃO MILITAR DO TERRITÓRIO PALESTINO;
5-POR UM ESTADO PALESTINO LIVRE, LAICO, SOBERANO E VIAVÉL.
Entidades e personalidades participantes:
Federação Árabe-Palestina do Brasil (FEPAL), Centro Brasileiro de Defesa da Soberania dos Povos e Luta Pela Paz (CEBRAPAZ), Sociedade Árabe Palestina do RS, PSOL, PCdoB, PCB, PSTU, PT, Corrente Comunista Luiz Carlos Prestes, Movimento Avançando Sindical, Juventude Avançando, Comitê pela Libertação da Palestina, União da Juventude Socialista, União da Juventude Comunista, União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, União Brasileira dos Estudantes, Sociedade Palestina, SINDISPREV, SINDIPETRO, Sin. Metalúrgicos de Caxias do Sul, SEMAPI, CUT RS, CTB-RS, CONLUTAS RS, OAB RS, SINDIPETRO RS, Associação Cultural José Martí, Associação de Médicos e Amigos de Cuba, Deputada Federal Luciana Genro, Deputada Federal Manuela Dávila, Vereadora Fernanda Melchionna, Vereador Assis Melo, Vereador Pedro Ruas, Gab. Adão Villaverde, Gab. Marisa Formolo, Gab. Raul Carrion, Gab. Maria do Rosário, Gab. Dionilso Marcon, Gab. Adão Pretto, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, União das Associações de Moradores de Porto Alegre, Clube de Cultura, Sindicato dos Assistentes Sociais.

A convocação para a manifestação em São Paulo
Convocação

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