#NotInMyName: Após atentado, muçulmanos se mobilizam nas redes contra extremismo

Movimento, criado em 2014 contra o Estado Islâmico, voltou a aparecer nas redes sociais depois do ataque à redação da revista Charlie Hebdo.

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Movimento, criado em 2014 contra o Estado Islâmico, voltou a aparecer nas redes sociais depois do ataque à redação da revista Charlie Hebdo Por Redação | Foto: Active Change Após o atentado à redação da revista francesa Charlie Hebdo, que matou doze pessoas na última quarta-feira (8), muçulmanos contrários ao extremismo voltaram a utilizar nas redes sociais a hashtag #NotInMyName ("Não em meu nome", na tradução para o português). Embora, nos últimos dias, imagens de pessoas segurando placas com a mensagem tenham inundado o Twitter, o movimento #NotInMyName não surgiu agora. Foi criado em setembro de 2014, quando muçulmanos da Europa realizaram, em países como Noruega e Alemanha, atos contra os jihadistas do Estado Islâmico (também conhecido como Isis). A campanha mundial no Twitter foi organizada pela fundação britânica Active Change. À época do lançamento da campanha, um vídeo foi divulgado no Youtube. Nele, é possível ver muçulmanos explicando os motivos pelos quais o Isis não os representa. "Porque é totalmente anti-islâmico", "porque mata pessoas inocentes" e "porque o que estão fazendo é desumano" são algumas das razões citadas. Outra hashtag bastante utilizada após o ataque à Charlie Hebdo é #JeSuisAhmed ("Todos somos Ahmed", em português), em referência ao policial francês de origem argelina Ahmed Meraber, morto pelos terroristas durante sua fuga. Apenas no Instagram, há mais de 8,5 mil publicações com a tag.