O peso dos dirigentes da Fifa nas costas de Dilma

Dilma Rousseff se reúne com jornalistas esportivos no Palácio da Alvorada, em Brasília (Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação)
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Apesar das críticas sobre as exigências da entidade, presidenta acredita que o “país vai endoidar” na hora em que os jogos chegarem

Redação [caption id="attachment_46806" align="alignleft" width="300"]Dilma Rousseff se reúne com jornalistas esportivos no Palácio da Alvorada, em Brasília (Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação) Dilma Rousseff se reúne com jornalistas esportivos no Palácio da Alvorada, em Brasília (Foto: Roberto Stuckert Filho/Divulgação)[/caption]

Nesta quinta-feira (15), Dilma recebeu jornalistas esportivos em um jantar para falar sobre a Copa do Mundo. A menos de um mês do Mundial, a presidenta afirmou que Joseph Blatter, presidente da Fifa, e Jerôme Valcke, secretário-geral da entidade, são um peso. "Tirem o Blatter e o Valcke das minhas costas! Não tem nada a ver com a Copa, são obras para as cidades", disse Dilma em defesa dos investimentos que vêm sendo feitos em infraestrutura nas cidades brasileiras.

No mesmo dia, a presidenta já havia dito que o legado da Copa era “nosso”, em solenidade de assinatura de Compromisso Nacional pelo Emprego e Trabalho Decente na Copa do Mundo 2014. “Nós podemos dizer, em alto e bom som: o legado da Copa é nosso. Porque ninguém que vem aqui assistir à Copa leva consigo na sua mala aeroportos, portos, obras de mobilidade urbana, nem tampouco estádios. Podem levar na mala a garantia de que esse é um país alegre e hospitaleiro. Agora, aeroportos ficam para nós, obras de mobilidade ficam para nós, estádios ficam pra nós. Isso que é a questão central dessa Copa e finalmente a ultima é que faremos sem sombra de duvida a Copa das Copas.”

Ontem também foi dia de diversos protestos questionando os gastos da Copa e, principalmente, a liberdade de manifestação e desmilitarização da polícia. Outra reivindicação é contra a criação de zonas de exclusão de dois quilômetros nos espaços públicos ao redor dos estádios, com restrição comercial. Os movimentos de atingidos pela Copa também pedem o fim dos despejos com garantia de moradia digna e pensão vitalícia para as famílias dos operários mortos e incapacitados em acidentes de trabalho e a responsabilização das construtoras.

Apesar das críticas e protestos contra a Copa, Dilma acredita que na hora em que os jogos chegarem, a população vai torcer pela seleção: "Na hora de a onça beber água, este país vai endoidar". Mais cedo, ela havia dito: “Somos capazes de fazer sim a Copa das Copas, e quero dizer que todos nós vamos juntos torcer pela vitória da nossa Seleção”.