Olavo de Carvalho diz que "mídia criminosa" usa livro para insinuar vínculo com acusado de atentado ao Porta dos Fundos

Na casa de Eduardo Fauzi, além de armas e R$ 119 mil, foram apreendidos diversos livros, entre eles "O Imbecil Coletivo", uma espécie de manual de conduta aos iniciados na doutrina olavista

Olavo de Carvalho, Eduardo Fauzi e o material apreendido pela Polícia (Montagem)
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Guru do clã Bolsonaro, Olavo de Carvalho foi às redes sociais nesta terça-feira (31) se defender sobre sua influência na formação de Eduardo Fauzi Richard Cerquise, um dos cinco acusados de terem cometido o atentado contra a produtora do Porta dos Fundos na véspera do Natal. Na casa de Eduardo, além de armas e R$ 119 mil, foram apreendidos diversos livros, entre eles "O Imbecil Coletivo", uma espécie de manual de conduta aos iniciados na doutrina olavista. "A última da mídia criminosa: insinuar um vínculo entre a minha pessoa e o atentado ao Porta dos Fundos, mediante a informação de que na casa de um SUSPEITO foi encontrado um exemplar de "O Imbecil Coletivo", tuitou o guru. https://twitter.com/opropriolavo/status/1212108200549507072?s=20 Eduardo Fauzi, que está foragido, possui mais de 15 registros criminais e é filiado ao PSL desde 3 de outubro de 2001. Entre os registros criminais de Cerquise, estão acusações de lesão corporal, ameaça, coação no curso do processo, agressão contra mulheres, desacato e exercício ilegal da profissão. Em fevereiro, ele foi condenado a quatro anos de prisão pela justiça do Rio, respondendo por lesão corporal, ameaça e desacato, mas crimes prescreveram. Cerquise foi identificado por câmeras de segurança após retirar o capuz momentos depois do ataque, no dia 24 deste mês. Para identificá-lo, a polícia utilizou imagens de mais de 50 câmeras de segurança do bairro. O Imbecil Coletivo Lançado em 1996, o livro O Imbecil Coletivo encerra a trilogia iniciada com a obra A nova era e a revolução cultural (1994) e prosseguida com O Jardim das Aflições (1995). Na obra, Olavo de Carvalho escreve sobre aquilo que ele acredita ser o fenômeno da decadência intelectual do Brasil , responsabilizando a própria academia e a nova geração de intelectuais brasileiros, que se “imbecilizariam uns aos outros” e reproduziriam o “imbecil coletivo” em grande escala. O livro é uma paródia do “intelectual coletivo” de Antonio Gramsci. Alguns dos vários temas polêmicos abordados são a relação entre religião e o marketing e a responsabilidade que intelectuais podem ter no aumento de crimes.