O presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD-AM), após abrir os trabalhos da Comissão, que nesta terça-feira (10) escuta o militar da reserva Hélcio Bruno, leu uma nota de repúdio ao desfile militar de Bolsonaro, o qual classificou como uma pessoa "fraca" que "sabe que já perdeu"
"O Brasil passa por um momento grave, o presidente Jair Bolsonaro comanda um lamentável desfile de blindados das Forças Armadas em uma clara tentativa de intimida parlamentares e opositores", iniciou Aziz.
"Bolsonaro imagina estar com isso mostrando força, mas na verdade está evidenciando toda a fraqueza de um presidente acuado pelas investigações de corrupção".
Em seguida, Aziz também afirmou que se trata de um presidente acuado porque também é investigado pela "incompetência administrativa que causa mortes, fome e desemprego em meio a uma pandemia sem controle".
"Não é um teatro se consequências, mas um ataque frontal à democracia que precisa ser repudiado. O papel das Forças Armadas é defender a democracia e não ameaçá-la", criticou Aziz.
"Não vai ter voto impresso"
"Em apenas dois anos e meio, Bolsonaro colocou o Brasil nessa posição vexatória, degradou as instituições e rebaixou as Forças Armadas que é, em sua grande maioria, formada por homens sérios e honrados, como pude ver de perto no meu Amazonas", disse Aziz, que já foi governador do estado de Amazonas.
"Todo homem público deveria ter medo do ridículo, mas Bolsonaro não linga para nenhum desses limites, como fica claro nessa cena patética de hoje que mostra apenas a ameaça de um fraco que sabe que perdeu. Não haverá voto impresso, não haverá nenhum tipo de golpe contra a nossa democracia. As instituições, com o Congresso à frente, não deixarão que isso aconteça", alertou o presidente da CPI da Covid.
Por fim, Aziz afirmou que a democracia brasileira possui mecanismos para se defender frente a "arroubos golpistas". "Defender o fim da democracia precisa punido com o rigor da lei. Nós, os democratas estamos aqui a postos para defender a democracia e o nosso país com os instrumentos que a Constituição nos confere".