ONU aponta 980 milhões de pessoas na miséria

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Países latino-americanos mostram progresso lento, enquanto a China leva o Leste Asiático ao melhor desempenho na superação da pobreza. Dados são de 2004.

No mundo, 980 milhões de pessoas sobreviviam com até US$ 1 por dia. O número é 31,6% menor do que o índice calculado em 1990, quando 1,25 bilhão vivia nessa condição. A constatação está no Relatório de Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2007, divulgado pela Organização das Nações Unidos (ONU) nesta segunda-feira, 2 Até 2015, a meta é reduzir pela metade a extrema pobreza e as desigualdades de renda extremadas, o que demandaria mais esforço dos países desenvolvidos, segundo a entidade. A América Latina e o Caribe mostram avanços tímidos, enquanto o Leste Asiático, puxado pela China, apresenta ritmo acelerado de pessoas deixando a miséria. A África também apresenta uma evolução superior à América Latina, segundo a chefe de estatística e desenvolvimento da ONU, Francesca Perucci, em entrevista ao G1, porque a proporção de pessoas miseráveis é superior, assim como a destinação de ajuda financeira e humanitária. Enquanto na América Latina 8,7% da população vivia em condição de miséria, 0,9 ponto percentual menos do que em 1999. A desigualdade de renda ainda é a pior do mundo. Na África Subsaariana, a região mais pobre do mundo, 41,1% da população vivem com menos de US$ 1 por dia. A proporção é 4,8 pontos percentuais menor do que cinco anos antes. No Leste Asiático, desde 1990, a evolução é bem mais intensa. O índice era de 33%, passando para 17,8% em 1999. Em 2004, 9,9% das pessoas viviam em condições de miséria. Educação Também incluído nos objetivos do milênio, o acesso à educação melhorou nos países em desenvolvimento, mostra o relatório. As matrículas para o ensino básico nestes países aumentaram de 80% em 1991 para 88% das crianças em 2005. Relatório de Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2007 A íntegra, em inglês, na página da Organização das Nações Unidas.