ONU quer explicações do Brasil sobre repressão nas manifestações de junho

Entidade enviou comunicação em 26 de junho de 2013 para saber as bases legais da utilização "arbitrária" de forças policiais, mas até 1º de fevereiro não havia resposta do governo

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Entidade enviou comunicação em 26 de junho de 2013 para saber as bases legais da utilização "arbitrária" de forças policiais, mas até 1º de fevereiro não havia resposta do governo Por Redação [caption id="attachment_43120" align="alignleft" width="300"] Para ONU houve "excesso de violência militar" durante as manifestações de junho[/caption] Um documento da Organização das Nações Unidas (ONU), que era sigiloso, pede explicações do governo brasileiro sobre “uso excessivo de força policial” nas manifestações de junho. Enviado ao Palácio do Planalto no dia 26 de junho do ano passado, até o dia 1º de fevereiro a carta da ONU não foi respondida pelo governo federal, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo. No documento, a ONU diz estar “preocupada com supostas violações dos Direitos Humanos no uso excessivo de forças policiais contra manifestantes”. De acordo com o órgão internacional, a repressão teria sido “arbitrária e violenta”. “Foi relatado que um número elevado de manifestantes pacíficos foram presos. Alguns chegaram a ser presos antes da participação nos protestos”, questionou a entidade. A carta não nega que “alguns manifestantes atuam de forma violenta”, porém, a ONU alegava estar “profundamente preocupada”, atentando ainda para a falta de segurança aos jornalistas que participam da cobertura das manifestações. “Preocupações foram expressadas de que jornalistas participando e cobrindo os protestos estavam em sérios riscos”, denunciou o documento. A ONU também faz uma série de exigências ao governo brasileiro e pede que este explique quais bases legais foram utilizadas para que se compreenda o uso da força policial em protestos e também que explique “as bases legais para as prisões e detenções de manifestantes pacíficos”.