Oranizações de direitos humanos documentam abusos contra civis em Gaza

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A organização Médica pelos Direitos Humanos (PHR) acusou o exército israelense de ter violado reiteradamente os princípios éticos e de menosprezar a vida dos palestinos durante os 22 dias da recente ofensiva em Gaza, enquanto investigadores da ONU asseguram que as violações incluíram o uso de crianças como escudos humanos.

A PHR detalhou que os soldados bloquearam em várias ocasiões o transporte de feridos e impediram o acesso de equipes médicas palestinas, o que levou muitos a morrerem por hemorragia durante a ofensiva iniciada em 27 de dezembro. Os soldados israelenses deixaram sem água e alimento durante dias civis que se encontravam sitiados por combates, acrescentou.

Denunciou que o exército também atacou 34 centros de saúde, onde 16 médicos perderam a vida, 25 ficaram feridos enquanto realizavam tarefas sanitárias, assinalou a organização israelense.

Um grupo de investigadores da ONU, encabeçados pela enviada especial para a proteção de crianças em conflito Radhika Coomaraswamy, mencionou em um documento enviado ao Conselho de Direitos Humanos com uma série de incidentes que incluem o uso de crianças como escudos humanos, ataques a civis e suas casas, assim como a escolas e instalações médicas.

Como exemplo destacou que em 15 de janeiro, na área de Tal al Hawa, na cidade de Gaza, soldados obrigaram uma criança de 11 anos a caminhar frente a eles durante várias horas enquanto avançavam por uma área, até receberem disparos.

Em foto tirada no dia 16 de março em Tel Aviv, uma modelo israelense posa com uma camiseta que eu hebraico alude ao Pelotão de Francoatiradores. O exército de Israel condenou nesta semana estas imagens que representam cenas de violência contra os palestinos, em meio a uma escalada de críticas internas às forças militares sobre suas condutas durante a recente ofensiva em Gaza. A fabricação da camiseta foi encarregada pra marcar o fim da formação básica e outros cursos militares. A camiseta foi usada por soldados de diferentes unidades, informou o jornal Haaretz. Não se sabe de nenhuma sansão.

Por sua vez, o relator especial da ONU sobre a situação dos territórios palestinos, Richard Falk, elaborou um informe para o Conselho de Direitos Humanos em que pede uma investigação de experts para determinar se, dado o contexto, era possível, que os israelenses distinguam entre os objetivos militares e a população civil.
Sem isso não for possível, disse, a ofensiva foi “ilegal por natureza e constituiu um crime de guerra de grande magnitude”, tese que foi criticada pelo Departamento de Estado.

Com inforamações da Agência Bolivariana de Notícias.