Os muitos tentáculos do Facebook

Os dados coletados de seus usuários são o principal ativo da rede criada por Mark Zuckerberg. Algo precioso demais para estar nas mãos de um gigante corporativo

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Os dados coletados de seus usuários são o principal ativo da rede criada por Mark Zuckerberg. Algo precioso demais para estar nas mãos de um gigante corporativo Por Glauco Faria e Ivan Longo Esta é uma matéria da Fórum Semanal. Confira o conteúdo especial da edição 210 clicando aqui Os números são assustadores. De acordo com relatório divulgado no final de julho pelo Facebook Inc., a rede social tem cerca de 1,49 bilhão de usuários, aproximadamente metade dos internautas do planeta. A receita da empresa no segundo trimestre deste ano foi de R$ 13,5 bilhões, e seu fundador, Mark Zuckerberg, desfila ao lado de chefes de Estado como um dos homens mais poderosos do mundo. Mas quais os limites desse gigante que se pretende hegemônico e quais as implicações de sua atuação na vida de cada um? Como toda companhia de porte global, a empresa tem buscado diversificar seus negócios para manter e ampliar seu poder econômico. Não é à toa que Zuckerberg esteve na Cúpula das Américas, realizada em abril no Panamá, tentando vender seu projeto de internet “gratuita” (assim, com aspas) a diversos países, entre eles o Brasil. O internet.org, na prática, garante acesso prioritariamente ao próprio Facebook, reproduzindo uma tática já utilizada pela Microsoft ao oferecer softwares de forma gratuita ou a preços mais baixos para governos. A pretensão do Facebook em relação à implantação do projeto no Brasil causou uma reação do Proteste e de 33 entidades que, em maio, entregaram uma carta à presidenta Dilma Rousseff em repúdio ao Internet.org. Nesta segunda-feira (24), as mesmas organizações pediram, por meio de um documento, uma reunião aberta para retomar a discussão sobre o projeto no conselho do Comitê Gestor da Internet, cobrando uma manifestação do órgão. “O objetivo real da parceria firmada entre o Facebook e o governo, sob o pretexto de inclusão digital, é de fisgar usuários para a plataforma e para as empresas parceiras que atuam na camada de infraestrutura e na camada de conteúdos e aplicações”, diz o texto. Também recentemente, outra iniciativa que causou polêmica foi a criação do Instant Articles, que tem como parceiras nove empresas de comunicação que realizam os testes da plataforma, veículos como o The New York Times, National Geographic e The Guardian. A ideia é que os leitores não saiam mais da rede social para ler o conteúdo destes veículos, que seria publicado diretamente no Facebook. Mais uma forma de concentrar a informação, em troca de partilha de receitas publicitárias. Um dos grandes problemas que muitos enxergam na atuação da empresa é a estratégia de criar a dependência em relação aos seus serviços para se cobrar mais adiante. “Daqui a pouco, quando acabar a experiência, ou então um tempo depois para não criar tanto atrito, quando novas publicações forem admitidas e se animarem com a possibilidade de angariar mais receita com a publicidade comercializada lá dentro, o Facebook vai fechar a torneira e cobrar uma bela comissão – ou chegar com outra restrição qualquer. Exatamente como tem feito ao longo de sua história”, advertiu em artigo o jornalista e professor do Comunicação e Informação na Era Digital da Escola de Propaganda e Marketing (ESPM) de São Paulo Caio Túlio Costa. Costa relembra no texto ainda uma outra ação da empresa, que vem cerceando a visualização de páginas para os usuários da rede. “A restrição da visualização dos posts foi aplicada paulatinamente. Hoje, pasmem, somente de 2% a 4% dos seguidores ou amigos de cada página ou de cada perfil conseguem visualizar posts que não sejam 'impulsionados'. Como o Facebook diz, é a forma de entregar para os usuários somente o conteúdo de 'alta qualidade'. Qualidade segundo seus próprios critérios, obviamente.”

Esta ferramenta de controle que filtra e seleciona tudo aquilo que deve ou não circular de acordo com os interesses da companhia acaba, também, influenciando no tipo de debate que estará em voga e assim, definindo comportamentos. “Temos que cair na real e lembrar que o Facebook é uma empresa que atende a seus interesses, não os dos seus usuários. Se eles perceberem que você é muito antagonista, ou que você não compactua com os interesses deles ou dos patrocinadores, ou outros critérios, eles filtram sua publicação para que você ache que está fazendo ativismo, mas na verdade não está. Seu alcance limitado nunca será capaz de gerar uma onda forte ou significativa”, pontua Anahuac de Paula Gil, programador e ativista do Software Livre.

“Estas plataformas criam uma esfera pública de debate mediada por algoritmos privados. É como se tentássemos criar uma praça pública dentro de um terreno particular. Estamos sujeitos às regras do dono do terreno. Além disso, esses algoritmos, na medida em que filtram e selecionam o que nos é exibido, manipulam nossos comportamentos. Fazem isso a partir das análises de nossas interações pregressas, selecionando e mostrando-nos apenas o que provocará mais interações, para que permaneçamos mais tempo conectados em sua rede, aumentando ainda mais as receitas para a empresa”, detalha Tiago Pimentel, analista de redes e diretor da InterAgentes. O dinheiro é deles, os dados são seus Túlio Costa adverte no artigo que, apesar de seu grande sucesso de sua companhia, Zuckerberg tem um outro gigante poderoso como concorrente e, por enquanto, leva desvantagem. “O Facebook enfrenta problemas como o de continuar conquistando usuários jovens. Também precisa, desesperadamente, fazer crescer sua receita. Faturou US$ 7,8 bilhões em 2014 contra US$ 66 bilhões do Google, sua Nêmesis. Outro dado assustador para o Facebook é que, desde que suas receitas são conhecidas, ele levou oito anos para faturar US$ 7,8 bilhões enquanto que, respectivamente, em oito anos o Google estava faturando US$ 23,7 bi – três vezes mais.” O Facebook e o Google têm algo em comum, embora forneçam serviços correlatos, mas distintos um do outro. Ambos extraem informações pessoais dos usuários para vender anúncios e produzir marketing de acordo com o modo de utilização de seus serviços. Em outras palavras, é com estes dados que as duas companhias acumulam lucros estratosféricos. Em junho deste ano, a socióloga Zeynep Tufekci defendeu, no The New York Times, que ela pudesse pagar ao Facebook para poder utilizar o serviço. Em troca, queria o direito à privacidade. “O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, parece ter muito dinheiro, mas eu gostaria de lhe dar um pouco do meu. Quero pagar uma pequena taxa pelo direito de manter minhas informações privadas e ser capaz de ouvir as pessoas que quero – não os veiculadores de conteúdo patrocinado que procuro evitar. Quero ser uma cliente, não um produto”, disse. De acordo com ela, calcula-se que o lucro da companhia com cada usuário, por meio de anúncios direcionados, gire em torno de 20 centavos por mês, o que faz o negócio valer a pena somente para quem tem um contingente grande de usuários. Em suma, para oligopólios. O professor da Columbia Law School, Tim Wu, destaca em artigo da New Yorker, remetendo à argumentação de Tufecki, que desde o final do século 18 os negócios das indústrias de entretenimento se baseiam em três pilares: pagamento direto/assinaturas, anúncios ou a mistura de ambos. Mas um quarto modelo surge a partir dos anos 1990: dar ao seu cliente um serviço em troca de suas informações pessoais, que serão utilizadas para se ganhar mais dinheiro. O Facebook não é a única companhia que opera desta forma, mas é a campeã, por ter mais dados que qualquer outra. Eles são úteis para a publicidade, principal fonte de receitas do Facebook. Mas também são um ativo”, lembra Wu. “A avaliação de que o Facebook tenha um valor estimado em 270 bilhões de dólares, tendo obtido um lucro de três bilhões no ano passado, é baseada na fé de que todos os dados acumulados têm um valor em si mesmo. É como um Fort Knox virtual, com uma mina de ouro ligada a ele. Uma das razões para que Mark Zuckerberg seja tão rico é que o mercado de ações pressupõe que, em algum momento, ele vai descobrir uma nova maneira de obter lucro a partir de todas as informações que tem sobre nós.” A falta de privacidade pode afetar mesmo a ação política. Embora o Facebook seja utilizado por militantes e movimentos para organização e discussão de iniciativas, seria mesmo o meio mais apropriado para isso? O grupo de esquerda tecno-ativista Nadir acha que não. “Ao usar o Facebook, os ativistas não só comunicam de forma transparente suas opiniões, seus “gostos” etc, mas também os deixam disponíveis para serem processados. Não só isto (e isto consideramos muito mais importante), como expõem estruturas e pessoas que têm pouco ou nada a ver com o Facebook. Sua capacidade de varrer a web buscando relações, similitudes etc é difícil de ser compreendida pelas pessoas comuns. Suas luzes hipnotizantes acabam nos fazendo reproduzir nossas estruturas políticas para as autoridades e companhias.”

Dados, elementos radioativos

Ao se debruçar em uma análise mais aprofundada de como a rede social de Zuckerberg funciona e quais são os reais interesses por trás dessa 'liberdade' que é vendida sob o jargão de “É gratuito e sempre será”, não é difícil perceber o quão desastrosas são as consequências de entregar a sua vida a uma empresa privada que, por estar no âmbito digital, passa a impressão de estarmos simplesmente em uma extensão de nossas vidas reais. A realidade não é essa. E o fato é que as informações sobre os usuários não servem apenas para dar lucro aos gigantes corporativos.

“São conhecidas as parcerias entre grandes corporações que concentram enormes quantidades de dados (caso de Google e Facebook) e agências de inteligência. Não estamos aqui no terreno da teoria da conspiração. A parceria entre Estados e essas corporações alimentam suas agências de espionagem. O outro lado dessa moeda é que essas corporações montam uma relação de todos os interesses de cada indivíduo, tornando-os mais previsíveis. São esses perfis que são vendidos a anunciantes, e é esse o negócio dessas corporações. Nós somos os produtos, nossos hábitos de consumo e preferências pessoais são os produtos que alimentam esse modelo de negócios”, explica Pimentel.

As consequências dessa concentração de dados em grande escala estão em um âmbito muito mais grave que o simples armazenamento individual das informações. Aglutinadas e catalogadas, passam a ditar hábitos, comportamentos e ideologias. Essa é a tese de Anahuac. “Os dados que você fornece, somados aos dados das outras pessoas, geram um volume de informações tamanho que permite não apenas fazer propaganda bem feita, mas fazer direcionamentos e influenciar comportamentos massivos. Então, dá pra definir tendências, dá pra definir qual a cor da moda etc. Em última estância, cria tendências de mercado e num outro nível tendências ideológicas, tendências bélicas, tendências religiosas...”, acredita.

“É preciso ter em mente que fazem isso não individualmente, mas em larga escala. Certa vez ouvi do professor Pedro Rezende, um grande criptógrafo brasileiro, uma metáfora interessante: dados pessoais são como elementos radioativos. Inofensivos se dispersos em estado natural, mas quando concentrados tornam-se urânio enriquecido”, completa Pimentel.

Essa criação de tendências por meio da espionagem e da concentração de dados, inclusive, extrapola os limites das legislações locais e atende única e exclusivamente aos interesses da empresa, que é norte-americana e por sua vez está sob a batuta da Constituição estadunidense. O risco mais direto dessa lógica é o de estar sujeito a censuras e bloqueios. Como exemplo, Anahuac citou a experiência da Marcha das Vadias no Brasil. O movimento, por usar o corpo e expor os seios como forma de protesto, é recorrentemente censurado pela rede social.

“Para o Facebook, toda e qualquer foto de seios é automaticamente identificada como erotismo ou pornografia. Então, olha só: nos temos uma entidade, em um espaço autônomo, com um único comandante, que criou uma comissão avaliadora daquilo que é ou não é permitido. Há poder de polícia, de censura, e essa censura se sobrepõe à constituição brasileira e aos direitos civis brasileiros de expor o corpo como maneira de protesto. Estamos falando de um mecanismo que vai taxar de pornografia aquilo que tem um cunho ideológico”, explica. O futuro do Facebook

Diante de tamanho nível de invasão de privacidade, do armazenamento de dados, da venda de informações pessoais e da orientação de tendências e comportamentos exercidos pela rede, fica a pergunta: ao se darem conta dessas estratégias, as pessoas tenderiam, aos poucos, a abandonar o Facebook e migrar para outras redes, como aconteceu no passado com o Orkut?

Anahuac é pessimista. Para o ativista, não é que as pessoas, com o tempo, passarão a ter consciência dessas consequências desastrosas do uso da rede social, mas a verdade é que elas já tem esse conhecimento e não estão dispostas a abandonar sua zona de conforto. Didático, o programador usa outro paralelo para explicar essa lógica: o da consciência ambiental.

Praticamente todo mundo tem consciência ambiental. Obviamente, se você perguntar a uma pessoa se ela quer que seu lixo vá para um lixão a céu aberto ou um centro de tratamento, ela dirá que prefere que vá para o centro de tratamento. Ninguém quer o mal da natureza. Porém, essas pessoas em geral jamais exigirão dos seus governantes que os lixões sejam convertidos em centros de tratamento, jamais farão uma manifestação nas ruas em prol do fim dos lixões, por que é um problema que tá aparentemente longe. O mesmo acontece com o Facebook. Muitos ativistas acham que o governo tem que regular mas, enquanto isso, continuam ali, usando. É o ativista que é contra a sujeira da rua mas joga o lixo no chão por que quem tem que coletar o lixo é o governo”, compara. Mesmo com tamanho poder, nem tudo são flores para a rede social de Zuckerberg, que enfrenta hoje o desafio de continuar despertando o interesse de novas gerações de usuários. Hoje, ela já sente de perto a força dos aplicativos de mensagens, que podem começar a mudar a forma com que as pessoas percebem as próprias redes sociais. De acordo com matéria do jornal Valor Econômico, seis dos dez aplicativos mais usados do mundo são serviços de mensagens e os usuários do Facebook recorrem ao WhatsApp e Messenger entre 25 a 30 vezes por dia, enquanto escrevem 15 vezes no “feed” principal do site, conforme estimativa do Deutsche Bank. A expectativa é que o WhatsApp, adquirido pela empresa de Zuckerberg no ano passado, alcance 1 bilhão de usuários no início de 2016, sete anos após seu lançamento e dois anos menos do que o Facebook levou para chegar no mesmo contingente de usuários. No entanto, isso traz um dilema em relação ao modelo de negócios da companhia, que lucra por meio de anúncios próximos aos posts dos amigos dos usuários vistos em suas páginas. Em entrevista ao Olhar Digital realizada em 2014, o empresário e economista Jack London, autor do livro Adeus, Facebook – O Mundo Pós-Digital, já dizia algo que a História recente tem demonstrado ser fato: as redes sociais vão se sobrepondo e, dado o panorama atual, provavelmente todas elas serão substituídas por aplicativos. "No caso do Facebook, é nítido o envelhecimento do site. Hoje, a maior parte dos usuários tem mais de 45 anos, então há um esforço grande do Facebook para tentar se atualizar, se renovar", afirma. “Eles não estão conseguindo recuperar o público mais jovem que já migrou para os aplicativos.”

Para London, foi o WhatsApp que, simbolicamente, “comprou” o Facebook, pois ao fazer a aquisição, a corporação reconhece que seu modelo "não estava bem". “Nunca nomeie para um cargo alguém que você não pode demitir depois”, compara. “O Facebook chegou ao limite do seu crescimento”, acredita. Isso não significa que vá acabar, mas certamente terá sua importância reduzida nos próximos anos, algo que a própria estratégia empresarial estaria apontando.

BOX – As alternativas de redes sociais

Há dez anos, ao menos no Brasil, o Orkut concentrava quase todos os usuários de internet do país. Com o surgimento de outras redes as pessoas, aos poucos, foram deixando a plataforma e hoje quem exerce esse monopólio e concentração é o Facebook. Nesse sentido, ainda que existam redes que garantam mais segurança, privacidade ou que atendam aos interesses dos usuários, como assegurar que ela não se torne um novo Facebook e que o problema não seja, simplesmente, transferido?

Segundo Anahuac, nas redes livres esse monopólio é impossível de ser exercido pois elas trabalham com o conceito de federalização de servidores. Isto é, qualquer pessoa pode ter seu servidor autônomo e dialogar com outros servidores em uma dinâmica que atenda aos seus próprios interesses. É a lógica da federalização de um país transferida para a esfera digital.

“Assim como o Brasil é um país federalizado, com vários estados autônomos, que juntos formam o país e que têm legislações específicas que respeitam a regionalidade e a cultura, os servidores federalizados funcionam assim também. Numa rede federada, qualquer um pode ser dono de um servidor que o conecta nessa rede. Imagina que você pudesse ter o seu próprio servidor de Facebook: quem vai bloquear sua conta? Você mesmo? Não, por que você é autônomo, tem liberdade para interagir nessa rede. Esses servidores são autônomos mas se comunicam entre si”, explica.

Nesse sentido, o usuário que não tiver conhecimento de como criar um servidor, pode simplesmente procurar uma rede livre e procurar um servidor, de qualquer país, que mais lhe agrade. Se você não concorda com a legislação brasileira, por exemplo, pode usar um servidor da Indonésia sem ter seu conteúdo censurado e ainda dialogar com milhares de servidores ao redor do mundo. A própria internet funciona assim e, por isso, não há como “derrubar” a internet: ela é composta por milhões de servidores autônomos ao redor do mundo que dialogam entre si.

Há ainda a possibilidade, caso o usuário não tenha conhecimento e queira, de contratar um profissional para que ele crie o seu próprio servidor com as suas regras e suas determinações. “A única maneira de você garantir que ninguém vai ter acesso a tudo é distribuindo. Essa é a essência da internet”, disse o ativista.

Atualmente já há alternativas bem viáveis de redes de comunicação livres e federadas que os usuários podem se cadastrar, utilizar e se comunicar com os amigos e o resto do mundo. Confira abaixo algumas delas:

Noosfero [http://noosfero.org/]

Plataforma web para redes sociais que possui as funcionalidades de Blog, e-Portfolios, RSS, discussão temática e agenda de eventos num mesmo sistema.

Diaspora [https://diasporabr.com.br/]

Rede federada em que os servidores podem ser instalados em qualquer lugar do mundo, garantindo a descentralização de dados. No Brasil, há três servidores. O anonimato é garantido por que, diferentemente do Facebook, não é obrigatório que a pessoa utilize sua identidade real e há privacidade pois é o próprio usuário quem concentra seus conteúdos e define com que ele será compartilhado.

RedMatrix [https://redmatrix.me/&JS=1] Plataforma de comunicação e publicação descentralizada que permite manter o controle das necessidades de comunicação com criptografia automática e um controle fino de acesso. Já funciona como uma rede global e distribuída. Actor [https://actor.im/] Mensageiro instantâneo, criptografado e feito com base em Software Livre que funciona como alternativa ao Whatsapp.   Foto de capa: geralt/Pixabay