Os problemas ambientais vistos in loco

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Ver de perto as consequências do modo de vida consumista. Para a diretora do Instituto Paulo Freire, Salete Valesan, esse é um dos principais motivos que fazem desta edição do Fórum Social Mundial e também do Fórum Mundial de Educação dois eventos diferenciados em relação às anteriores. "O fato de ele acontecer na Amazônia faz com que as pessoas tenham contato in loco com os temas que são debatidos sempre nas edições do FSM, sendo possível ter contato com as comunidades locais, os quilombolas, indígenas, os povos da floresta", atesta. 

Para ela, essa proximidade estimula a reflexão das pessoas a respeito dos efeitos de uma forma de viver insustentável a longo prazo, podendo resultar também em uma mudança de hábitos e costumes. "Se não alterarmos o nosso modo de vida viver vamos fazer da Amazônia, o coração do mundo, a imagem de um mundo sem coração", argumenta. "Acho que a realização do FSM e do Fórum Mundial de Educação no Pará traz uma reflexão para que possamos mudar nossas atitudes individuais, repensar desde a decoração de nossa casa até o modo de transporte que utilizamos, sem tirar tanto da natureza", completa. 

Outro ponto positivo destacado por Salete é a maior participação popular nos debates. "Com essa edição do FSM temos uma diversidade maior dos povos e uma participação muito forte das comunidades locais. Precisamos agora chamar a ciência para dialogar com essa cultura, que e muito  rica e pode acrescentar muito a todos nós".