Pai de Henry diz que filho reclamou de abraços fortes do padrasto

O vereador Dr. Jairinho, que é o padrasto, tentou liberar o corpo da criança sem fazer autópsia

Vereador Jairinho e mãe de Henry em entrevista ao Domingo Espetacular (Reprodução)
Escrito en BRASIL el

Em depoimento ao 16º DP da Barra da Tijuca, Leniel Borel de Almeida, o pai de Henry Borel, revelou que o filho se queixava de abraços fortes do padrasto, o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), um mês antes de morrer.

Leniel, a partir das queixas do filho, afirmou que procurou o vereador e, de maneira amistosa, pediu para que parasse de abraçar Henry daquela forma, o que foi atendido pelo padrasto. Porém, em entrevista ao RJTV, da rede Globo, ele disse que essa situação o deixou intrigado na época.

O padrasto de Henry disse que, apesar de achar curioso o pedido de Lenial, acatou e que não interpretou como ofensa e reforçou que a conversa entre eles se deu qualquer "animosidade".

A avó de Henry, a professora Rosângela Medeiros da Costa e Silva, também prestou depoimento e disse que, depois que a sua filha, Monique, decidiu morar com Jairinho, que o neto passou a dormir em sua casa de três a quatro vezes semana.

Padrasto tentou liberar corpo da criança sem passar pelo IML

O vereador Dr. Jairinho, o padrasto de Henry, tentou fazer uma liberação rápida do corpo da criança de 4 anos no Hospital Barra D'Or, que fica Barra da Tijuca, sem que o cadáver fosse enviado ao Instituto Médico Legal para a produção de necropsia.

Nesta semana, a polícia está ouvindo testemunhas. A equipe médica que atendeu o menino já foi ouvido e, as três pediatras revelaram aos policiais que Henry chegou sem vida no hospital.

Além disso, as médicas revelaram à polícia que Henry apresentava lesões no corpo. O protocolo exige que mortes violentas passem pelo IML, mas o vereador tentou evitar e fazer uma liberação rápida do corpo. Porém, o hospital não atendeu o pedido do vereador Jairinho.

O resultado da necropsia revelou que Henry sofreu hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente, além de outras lesões na cabeça e no tórax.

O caso segue em investigação.

Com informações do Extra e UOL