No sentido contrário de seus vizinhos, que apresentam cada vez mais baixos índices de contágio e morte por Covid, a Rússia registrou neste sábado (23) o quinto recorde seguido de mortes diárias por Covid-19: 1.075 vítimas.
Os Centros de Tratamento Intensivo (CTI) de vários hospitais da Rússia estão lotados, principalmente em Moscou, capital do país.
Dessa maneira, o presidente Putin decretou feriado de uma semana, marcado para a primeira semana de novembro, para tentar conter o avanço do vírus.
Baixa imunização
A Rússia tem um dos mais baixos índices de vacinação da Europa: apenas um terço da população foi vacinada.
Dessa maneira, o país enfrenta uma nova onda do coronavírus desde junho, o que tem gerado variantes mais agressivas. Especialistas afirmam que o novo surto está relacionado com o uso reduzido de máscaras e uma campanha lenta de imunização.
Desde o início da pandemia, a Rússia já registrou 229.528 mortes por Covid. Tal número faz da nação russa a mais afetada pelo vírus.
Apesar de ter vacina própria, a Sputnik V, a campanha de vacinação ainda não atingiu sequer metade da população.
Como resposta ao novo surto, a capital Moscou, atual foco epidêmico, determinou o fechamento de todas as empresas e espaço comerciais não essenciais por 11 dias a partir do dia 28 de outubro.
Algumas regiões do país também anunciaram que vão passar a exigir o "passaporte vacina".
A oposição acusa o governo de Putin de ter fracassado no controle sanitário do vírus. Por sua vez, o governo alega que o país recebe muitos estrangeiros.
O que o governo não responde aos seus críticos é: como um país que possui o seu próprio imunizante ainda não vacinou nem a metade da população?