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Rodrigo Janot estava na Suíça quando soube da morte de Teori Zavascki. Para ele, a homologação dos 950 depoimentos da construtora pode ser adiada em pelo menos três meses.
Da Redação com Informações do R7
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, estava na Suíça quando recebeu a notícia sobre a morte do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki. Imediatamente, ordenou o cancelamento de todos os seus compromissos no país e decidiu que retornaria nesta sexta-feira (20) ao Brasil, chegando a Brasília no fim do dia. A pessoas próximas, admitiu que, agora, o que está em jogo é a investigação da Operação Lava Jato.
Com a morte do relator do caso no STF, Janot prevê que a homologação das delações da Odebrecht deve sofrer atrasos e que não mais haveria condição de que sejam realizadas no início de fevereiro, como estava planejado.
Na Procuradoria-Geral da República, os cálculos são de que, se os casos da Lava Jato forem redistribuídos a outro ministro, a homologação dos 950 depoimentos da construtora pode ser adiada em pelo menos três meses.
Nesta quinta-feira, (19), assessores do Supremo informaram que audiências com os 77 delatores da Odebrecht para confirmar que concordaram em colaborar com a Lava Jato serão canceladas. A expectativa era de que Teori e sua equipe começassem nesta semana as audiência. Nesta fase, os delatores não precisariam entrar no mérito das denúncias, mas apenas informar se foram coagidos ou não a firmar o acordo de delação com o Ministério Público.