Paralisação dos bancários fechou 441 locais de trabalho em São Paulo e Osasco

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A maior parte dos 15 mil bancários de São Paulo e Osasco que aderiram ontem, 30, à paralisação de 24 horas em todo o país, estava concentrada na zona Leste da capital paulista, de acordo com balanço final do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. De acordo com o balanço final do sindicato, foram contabilizados 441 locais de trabalho, entre agências e prédios administrativos, fechados, com adesão maior nos bancos públicos, principalmente na Caixa Econômica Federal.

A paralisação foi realizada como alerta para que os bancos reabrissem as negociações com a categoria, que rejeitou, em assembléia realizada na última segunda-feira, a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de reajuste salarial de 7,5%. A mesma proposta já havia sido rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários durante a sétima rodada de negociação, realizada no último dia 24.

Os bancários consideram esse valor insuficiente porque a inflação ficou em 7,15% no período entre setembro de 2007 e agosto de 2008. A categoria reivindica aumento real de 5% nos salários, vale-alimentação e auxílio-creche de R$ 415,00 e vale-refeição de R$ 17,50 por dia.

Os bancários querem ainda Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais um valor fixo de R$ 3.500. Já os bancos, propõem pagar 80% do salário, acrescido de valor fixo de R$ 943,85, e valor adicional de acordo com a variação do crescimento do lucro líquido de cada banco, corrigido em 7,5%.

Segundo informações da assessoria de imprensa do sindicato, a paralisação é um alerta da categoria para que os bancos reabram as negociações, caso contrário os funcionários prometem iniciar uma greve por tempo indeterminado no próximo dia 8.

A categoria conta com mais de 434 mil bancários, dos quais 120 mil estão na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.