Paraná Pesquisas: 44,3% avaliam como negativa gestão de Pazuello na pandemia

Pesquisa sobre militares no governo mostra ainda que um em cada três brasileiros veem risco de golpe com Bolsonaro, que é visto mais como "militar" por 56,9% dos entrevistados

Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello (Reprodução)
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Estudo realizado pela Paraná Pesquisas sobre a participação de militares no governo Jair Bolsonaro divulgado nesta segunda-feira (8) revela que 44,3% dos entrevistados avaliam como negativa a participação do ministro da Saúde, o coronel Eduardo Pazuello, na gestão da crise da pandemia. Outros 32,7% vêem como positiva a ação do ministro e 13,5% se dizem indiferentes - 9,6% não sabe ou não opinou.

O índice contrasta com a avaliação dos militares, no geral, na pandemia, considerada positiva para 53,5% dos entrevistados - 25,3% avaliam como negativa e 14,3% são indiferentes.

Risco de golpe
A pesquisa mostra ainda que um em cada três brasileiros - 31,5% - acreditam que a participação de militares no governo representa um risco de golpe, ante 62,1% que não veem essa possibilidade - 6,4% não sabem ou não opinaram.

Para 50% é positiva a presença das Forças Armadas no governo - 36,4% avaliam como negativa e 7,8% são indiferentes -, sendo que para 53,6% essa participação não compromete a imagem dos militares. Por outro lado, 40,7% acreditam que há comprometimento dessa imagem.

Apesar de ter sido processado e deixar as Forças Armadas há mais de 30 anos, após se afastar para entrar na carreira política, Jair Bolsonaro também é visto como mais militar por 56,9% - 34,9% o veem como mais "civil".

Para 40,3% a presença de militares no governo influencia positivamente o voto - enquanto 34,7% dizem ser influência negativa e 19,2% dizem não ter influência.

A pesquisa foi realizada entre os dias 25 de fevereiro e 1º de março e ouviu 2.020 pessoas em todas as regiões do Brasil. O índice de confiança é de 95% e a margem de erro de 2 pontos porcentuais para cima ou para baixo.