Passeios de moto do presidente Bolsonaro já consumiram R$ 2,8 milhões dos cofres públicos

Porém, o gasto com as chamadas motociatas deve passar de R$ 3 milhões, pois, até este momento o governo federal publicizou apenas despesas relativas a 5 dos 12 eventos

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As motociatas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já custaram ao menos R$ 2,8 milhões aos cofres púbicos.

Segundo informações da Folha, o montante gasto leva em conta as despesas com o cartão de pagamento do governo federal, informadas pela Secretaria-Geral da Presidência, e os custos arcados pelos estados para garantir a segurança dos participantes da comitiva presidencial.

Apesar do alto valor já gasto, a quantia de R$ 2,8 milhões não representa a totalidade dos gastos com os eventos. Pois, até este momento o governo federal publicizou apenas despesas relativas a 5 das 12 motociatas que contaram com a presença do presidente Bolsonaro.

Por exemplo, ainda não se sabe o quanto custou a viagem da comitiva do presidente para participar do passeio de moto em Porto Alegre, que aconteceu no dia 10 de julho.

Segundo a Secretaria-Geral da Presidência, "as prestações encontram-se em fase de instrução".

Além do gasto referente ao ato em Porto Alegre, também não foram divulgados os gastos com o evento em Presidente Prudente (SP).

Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) se reuniram na tarde desta quarta-feira (29) para uma sessão extraordinária para deliberar a respeito de uma solicitação do Congresso sobre uma auditoria nos gastos da União com todas as motociatas. O pedido partiu de integrantes da CPI da Covid.

Todavia, a área técnica do TCU informou aos ministros que não é possível apontar irregularidades nos gastos com a motociata, pois, não existe previsão legal para estipular o que é uma viagem de interesse público.

Dessa maneira, os técnicos do TCU recomendaram o arquivamento da investigação no tribunal e o encaminhamento do material referente aos gastos com as motociatas à CPI e às comissões de Fiscalização e Controle da Câmara e do Senado.

Com informações da Folha de S. Paulo

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