Pichadora da Bienal é presa novamente

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A jovem que ficou 54 dias presa acusada de atentar contra o patrimônio público ao pichar um saguão do prédio da Bienal voltou a ser detida. Caroline Pivetta e outras duas garotas são acusadas de tentar furtar DVDs de uma loja no Itaim Bibi, em São Paulo.

Segundo a loja, o sistema de segurança flagrou Caroline colocando os DVDs em uma sacola. Os objetos, no entanto, não foram levados pela garota, e foram encontrados de madrugada dentro da loja.

O advogado de defesa, Augusto de Arruda Botelho, acusa a delegada de incriminar a cliente por um crime que ela não cometeu. "Essa é uma prisão de flagrante sem crime. É uma afronta de dignidade humana", afirmou o advogado. "É como se alguém com um carrinho em um supermercado decidir deixar as compras na loja e ser preso por isso”, compara.

Botelho ainda argumenta que o circuito de vigilância interno da loja gravou uma das garotas colocando os DVDs em uma bolsa, mas não Caroline.

Embora admita que não tenha provas, o advogado da garota considera que a prisão possa ser uma represália à pichação da Bienal no ano passado. "Eu não tenho nenhum dado concreto que possa apontar para uma retaliação, mas é a única hipótese que passa na minha cabeça”, diz Botelho.

Caroline pertence a um grupo de pichadores chamado Susto’s, e as ações do grupo são registradas em uma página do MySpace (http://myspace.com/sustosfamilia).

Ela ainda responde pelo processo de “depredação do patrimônio público” por outras três ações de pichação. Uma ocorreu no Centro Universitário Belas Artes e a última pichação da qual é acusada é a das paredes do saguão vazio da 28ª Bienal de Arte de São Paulo. No dia 17 de fevereiro, ela ainda terá que comparecer a uma audiência pública em que serão ouvidas testemunhas de defesa e de acusação sobre o último processo. 

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Com informações da Folha Online.