PM que atuava como motorista de Uber se masturba e assedia passageira no MT

O homem responde a um processo disciplinar na PM e, de acordo com a Polícia Civil, há outras denúncias contra ele por crimes similares

Reprodução/Twitter
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Uma usuária de transporte por aplicativo denunciou um motorista, que também é PM, por "importunação sexual". A passageira disse que o suspeito se masturbou com ela dentro do carro no último sábado (14), em Cuiabá, Mato Grosso. A denúncia foi feita, inicialmente, no perfil de Twitter da vítima. O suspeito já foi preso várias vezes pelo mesmo crime e responde a uma denúncia no Ministério Público Estadual (MPE).

Rodolfo Azevedo Duarte teve sua conta na Uber banida após o ocorrido, como é de praxe quando há denúncia de assédio.

A PM, através da Corregedoria, informou que está sendo instaurado um processo disciplinar para apurar a conduta do militar. De acordo com PM, Rodolfo começou a trabalhar na corporação em 2011 e está afastado desde 2017.

Rodolfo responde a um processo disciplinar na PM e, de acordo com a Polícia Civil, há outras denúncias contra ele por crimes parecidos.

Ao G1, Bruna Figueiredo relatou que chamou o carro pelo aplicativo para ir a casa de uma amiga, mas, antes de chegar ao local, o motorista parou em uma rua escura fora da rota.

“Ele começou a se masturbar e pediu para eu ir para o quarto dele. Também tentou tocar em mim, foi quando desesperei e comecei a gritar. Consegui sair e corri por umas quatro quadras e liguei para o meu namorado, que foi me buscar”, relatou a mulher ao portal.

A Uber se manifestou através de nota.

“Todas as viagens com a plataforma são registradas por GPS. Isso permite que em caso de incidentes nossa equipe especializada possa dar o suporte necessário, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado”, diz trecho do texto. 

Leia a nota na íntegra:

A Uber considera inaceitável e repudia qualquer ato de violência contra mulheres. A empresa acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos dessa natureza às autoridades competentes. A conta do motorista parceiro foi banida assim que a denúncia foi feita.

A empresa defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Todas as viagens com a plataforma são registradas por GPS. Isso permite que em caso de incidentes nossa equipe especializada possa dar o suporte necessário, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado. 

Desde 2018 a Uber tem um compromisso público para enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil, materializado no investimento em projetos elaborados em parceria com entidades que são referência no assunto, que inclui campanhas contra o assédio e podcast para motoristas parceiros sobre violência contra a mulher, entre outras ações. Em novembro, a Uber anunciou um investimento de R$ 5 milhões para continuidade desse compromisso ao longo dos próximos anos.