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Casa do ex-deputado no Rio de Janeiro foi alvo de busca e apreensão nesta quarta-feira
Por Redação
Nesta quarta-feira (19), o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi preso em Brasília pela Polícia Federal. A casa do político no Rio de Janeiro foi alvo de busca e apreensão. Entre outros crimes, ele é acusado de ter recebido propina para liberar recursos da Caixa Econômica Federal.
O caso de Cunha passou para a responsabilidade do juiz federal Sérgio Moro, à frente da Operação Lava Jato na primeira instância da Justiça, depois que o ex-parlamentar perdeu foro privilegiado com a cassação de seu mandato na Câmara. Ele responde por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
O pedido é de previsão preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. Cunha deve chegar a Curitiba no fim desta tarde. A esposa do peemedebista, Cláudia Cruz, também está sendo investigada sob a acusação de ter se beneficiado, por meio de contas na Suíça, de parte da propina de cerca de US$ 1,5 milhão recebida pelo marido.
Em nota, Cunha classificou a prisão como "absurda" e disse que seus advogados "irão tomar as medidas cabíveis".
"Trata-se de uma decisão absurda, sem nenhuma motivação e utilizando-se dos argumentos de uma ação cautelar extinta pelo Supremo Tribunal Federal. A referida ação cautelar do Supremo, que pedia minha prisão preventiva, foi extinta e o juiz, nos fundamentos da decretação de prisão, utiliza os fundamentos dessa ação cautelar, bem como de fatos atinentes a outros inquéritos que não estão sob sua jurisdição, não sendo ele juiz competente para deliberar. Meus advogados tomarão as medidas cabíveis para enfrentar essa absurda decisão", escreveu.
Confira abaixo a cópia do despacho.
Foto de capa: Lula Marques/Agência PT