Policia Federal prende Sérgio Cabral por propina, valor chegaria a R$ 224 milhões

Ex-governador do Rio de Janeiro foi preso por suspeita de liderar esquema de desvio de dinheiro de obras públicas. Acordos com empreiteiras chega a R$ 224 milhões.

Cabral quer manter Pezão na vitrine para 2014 (Valter Campanato/ABr)
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Ex-governador do Rio de Janeiro foi preso por suspeita de liderar esquema de desvio de dinheiro de obras públicas. Por Redação A Policia Federal prendeu nesta quinta-feira (17) o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, por suspeita de liderar um esquema de desvio de dinheiro de obras de empreiteiras, que somariam cerca de R$ 224 milhões de reais, dentre os quais, R$ 30 milhões seriam de obras de responsabilidade da Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia. Sérgio Cabral teria cobrado 5% do valor total da obra da reforma do Estádio do Maracanã em propina, segundo apontaram executivos da Andrade Gutierrez em delação premiada. O acordo daria à empreiteira a possibilidade de se associar à Odebrecht e Delta na reforma do estádio em 2009. Além de Cabral, sua esposa e ex-primeira dama, Adriana Ancelmo, também é alvo da operação, entretanto, ela apenas será levada para depor coercitivamente na sede da Polícia Federal. O ex-secretário de Governo, Wilson Carlos, e o ex-secretário de Obras, Hudson Braga, bem como o antigo assessor do governador, Carlos Emanuel de Carvalho, e o ex-marido de uma prima de Cabral, conhecido como Carlinhos, também são alvo da operação da PF. Se você está gostando desta matéria, apoie a Fórum se tornando sócio. Pra fazer jornalismo de qualidade nós precisamos do seu apoio. Ao todo, nove pessoas são alvo da operação. Sérgio Cabral teve decretados dois mandados de prisão preventiva, um pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro e o outro pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, com sede em Curitiba, no Paraná. A única empreiteira que comprovou pagamento de propina ao grupo foi a Carioca Engenharia, somando mais de R$176 milhões de reais. Os executivos da Andrade Gutierrez, entretanto, apontam o pedido de propina em 5% do valor total das obras por parte de Cabral em empreendimentos como a reforma do Maracanã e a construção do Arco Metropolitano, em associação com a Odebrecht e com a Delta, esta última pertencente ao amigo de Sérgio Cabral, Fernando Cavendish, preso em julho deste ano.   Foto: Valter Campanato - Agência Brasil