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Matéria publicada pelo jornal O Globo revela que, entre os investigadores da Operação Lava-Jato, há a suspeita de que Youssef tenha sido forçado por sua defesa a citar Dilma e Lula, de forma a interferir no resultado das eleições
Por Redação
Reportagem publicada ontem (28) no portal do jornal O Globo revela que a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o vazamento do depoimento no qual o doleiro Alberto Youssef afirma que Dilma Rousseff e Lula sabiam do esquema de corrupção da Petrobras. De acordo com o texto, entre os investigadores há a suspeita de que Youssef tenha sido forçado por sua defesa a citar os petistas, de forma a interferir no resultado das eleições.
As declarações do doleiro foram utilizadas como base para a matéria de capa da última edição da revista Veja, publicada na quinta-feira (23) - a divulgação da capa, que normalmente acontece na sexta-feira, foi adiantada em um dia. De acordo com O Globo, na terça-feira (21), Youssef prestou depoimento "como vinha fazendo desde o início da delação premiada". No dia seguinte, um de seus advogados pediu para fazer uma retificação no depoimento anterior. No interrogatório, perguntou quem mais, além das pessoas que já haviam sido citadas, sabia das fraudes na Petrobras.
Youssef disse, então, acreditar que, "pela dimensão do caso, não teria como Lula e Dilma não saberem". Nesse momento, concluiu-se a “retificação”. No outro dia, partes do depoimento foram veiculadas pela revista, com a informação de que o doleiro teria afirmado categoricamente que Dilma e Lula sabiam das fraudes na Petrobras.
Conforme ressaltou a reportagem da Carta Capital, a situação provoca um questionamento: Veja, em resposta à fala de Dilma que criticava a matéria, declarou que sua apuração começou na própria terça-feira, "mas só atingiu o grau de certeza e a clareza necessária para publicação na tarde de quinta-feira". No entanto, a retificação do depoimento de Youssef teria ocorrido na quarta-feira.
Foto de capa: Agência Senado