Porta dos Fundos: Para Wadih Damous, lei que define terrorismo só criminaliza a esquerda

“Explodem o Porta dos Fundos e a polícia afirma não se tratar de terrorismo. A PF só quer saber do Lula”, escreveu o ex-deputado

Wadih Damous - Foto: Agência Câmara
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O advogado e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damous (PT-RJ), lembrou nesta sexta-feira (27), pelo Twitter, que enquanto deputado federal foi contra a lei que define terrorismo. “Sabia que só seria aplicada quando fosse para criminalizar a esquerda e os movimentos sociais. Dito e feito: explodem o Porta dos Fundos e a polícia afirma não se tratar de terrorismo. A PF só quer saber do Lula.” Relembre o caso Na madrugada desta terça-feira, véspera de Natal, a sede da produtora do Porta dos Fundos, no bairro Humaitá, no Rio de Janeiro, foi alvo de um ataque a bomba. Dois coquetéis molotov foram atirados no interior do prédio da produtora do grupo de humor. Via assessoria de imprensa, o Porta dos Fundos informou que, se não fosse a presença de um segurança, a sede da produtora certamente seria incendiada. Em nota, o grupo humorístico afirmou que “condena qualquer ato de ódio e violência e, por isso, já disponibilizou as imagens das câmeras de segurança para as autoridades, para o Secretário de Segurança, e espera que os responsáveis pelos ataques sejam encontrados e punidos”. Além disso, ressaltou que seguirá em frente “mais unido, mais forte e mais inspirado pela liberdade de expressão”. Três homens encapuzados que dizem ser do “Comando de Insurgência Popular Nacionalista da Família Integralista Brasileira” gravaram um vídeo, que começou a circular nas redes sociais nesta quarta-feira (25), reivindicando a autoria do ataque. O secretário estadual de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Marcus Vinícius Braga, afirmou nesta quinta-feira sobre o caso que “Terrorismo não é hipótese investigada”. A busca por “Porta dos Fundos”, no Google, cresceu 420% de terça-feira (24) para quinta-feira (26).