Prata olímpico, Kelvin Hoefler agradece a Erundina por acreditar no skate

Esporte chegou a ser proibido em São Paulo nos anos 80, mas foi liberado logo que Erundina assumiu como prefeita

Kelvin Hoefler nas Olimpíadas de Tóquio | Jonne Roriz/COB
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O skatista Kelvin Hoefler, medalhista de prata nas Olimpíadas de Tóquio, usou as redes sociais na noite de domingo (25) para agradecer à deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP) por ter liberado a prática do skate em São Paulo nos anos 80, quando foi prefeita da capital paulista.

"Obrigado por acreditar no skate!", escreveu Kelvin em mensagem direcionada a Erundina no Twitter.

A parlamentar parabenizou o atleta e lembrou que o esporte chegou a ser proibido em São Paulo, mas liberado por ela. "E a nossa primeira medalha na Olimpíada de Tokyo veio justamente do Skate, com o atleta Kelvin Hoefler. Hoje, um esporte olímpico, no passado, discriminado e proibido em São Paulo, que Erundina liberou! Parabéns Kelvinho!", tuitou.

Proibição

Em junho 1988, na gestão de Jânio Quadros, sair andando com a “perigosa” prancha deslizante foi proibido em São Paulo, em meio a uma onda de profunda criminalização do esporte, que ainda é muito estigmatizado pelos mais reacionários.

Eleita no mesmo ano Erundina, à época no PT, liberou o esporte tão logo sentou na cadeira de prefeita. A atitude, aparentemente pequena, foi a semente que tirou a modalidade da clandestinidade.

As duas primeiras medalhas de prata do Brasil em Tóquio vieram justamente do skate - na categoria street -, com Kelvin e a jovem Rayssa Leal, de 13 anos.