Prévias definem candidatos no Uruguai

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Qual o país sul-americano cujo presidente de esquerda tem popularidade recorde, mas não poderá concorrer nas próximas eleições? Acertou quem optou pelo Uruguai.

As eleições no país vizinho estão marcadas para 25 de outubro deste ano e não contarão com o atual presidente, Tabaré Vázqués, que encerra seu mandato de cinco anos e é impedido pela constituição de disputar novamente.

Capítulo importante dessas eleições ocorrerá no próximo domingo, 28 de junho. No Uruguai há um sistema de prévias chamado de “internas”, em que partidos ou coalizões apresentam seus concorrentes e o eleitor comum decide quem serão os candidatos. Mesmo os não filiados podem votar, por exemplo, em quem será o candidato da Frente Ampla, coligação de esquerda de Tabaré.

Os três candidatos da Frente serão o senador e ex-tupamaro José Mujica, o ex-ministro Danilo Astori e o intendente do Departamento de Canelones, Marco Carámbula. Por pesquisas divulgadas em maio/junho, Mujica conta hoje com cerca de 60% das intenções de voto, contra 30% de Astori e 7% de Carámbula.

Em relação aos outros partidos, a frente Ampla aparece na dianteira com 43% de intenções de voto para as eleições de outubro. O Partido Nacional tem 39% e, o Partido Colorado, 8%. Neste cenário, a Frente Ampla e o Partido Nacional se enfrentarão em um segundo turno.

O nome mais cotado para ganhar as internas pelo Partido Nacional é o de Luis Lacalle, que governou o Uruguai entre 1990 e 1995, com cerca de 60% de preferência nas pesquisas contra seu principal adversário, Jorge Larrañaga, que detém cerca de 35%.

É bom saber que os números dessas pesquisas podem variar bastante porque o voto, nesse caso, não é obrigatório e prevê-se que cerca de metade dos eleitores comparecerá no próximo domingo.
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