O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, entregou a sua carta de renúncia ao chefe de Estado nesta terça-feira (26).
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, dará início às conversas com os líderes partidários a partir de quarta-feira. Conte foi convidado para permanecer como interino durante as negociações.
Giusseppe Conte perde a maioria no senado após o partido Itália Viva, liderado pelo ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, deixar a coalizão. A justificativa do partido é a má condução da crise do coronavírus e econômica.
Todavia, antes de renunciar, Conte tentou atrair para a sua base senadores independentes, mas não teve sucesso.
Como a renúncia partiu do primeiro-ministro não será necessário convocar uma nova eleição.
Com a entrega da carta-renúncia, Conte espera que o presidente lhe dê um mandato para formar um novo governo, dessa vez com mais apoio no Parlamento.
De antemão, o primeiro-ministro já conta com o apoio do partido Movimento 5 Estrelas (centro-direita) e do Partido Democrático (centro-esquerda).
Mas, para formar um novo governo, Conte precisa de mais partidos aliados. Caso contrário, o presidente Mattarella terá que apresentar um candidato alternativo considerado capaz de montar uma coalizão viável.
Por fim, se as negociações de Conte falharem e, se o nome apresentado pelo presidente não conseguir maioria no parlamento, daí novas eleições terão de ser convocadas.
De acordo com pesquisa divulgada pelo jornal Corriere della Sera, Conte é o líder mais popular da Itália com 56% de aprovação, 20 pontos acima do segundo colocado.