Prisões de brasileiros nos EUA aumentam mais de 1.000% desde que Bolsonaro foi eleito

Nova medida implantada por Donald Trump vai mandar de volta para o México os brasileiros que entraram nos Estados Unidos pela fronteira entre os dois países

Donald Trump, Helio Negão e Bolsonaro (Reprodução)
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Desde que Jair Bolsonaro foi eleito, em outubro de 2018, até o mês de setembro de 2019, quando já estava vigente o acordo de deportação firmado por ele com Donald Trump, o número de brasileiros detidos nos Estados Unidos aumentou mais de 1.000%, em relação ao mesmo período anterior. Segundo dados do governo dos EUA, divulgados pelo portal G1, cerca de 17,9 mil brasileiros foram detidos na fronteira entre EUA e México apenas entre outubro de 2018 e setembro de 2019. No período anterior, esse número era de 1,5 mil. "Os EUA continuam a trabalhar com seus parceiros na região, assim como outros países, para frear o fluxo da migração irregular", divulgou, em nota, o governo estadunidense. O comunicado foi feito para justificar a nova medida implantada por Trump, que vai mandar de volta para o México os brasileiros que entraram nos Estados Unidos pela fronteira entre os dois países. Departamento de Segurança Nacional (DHS, na sigla em inglês) dos EUA afirma ter tomada o medida devido ao aumento no número de cidadãos do Brasil que entram nos EUA pela fronteira com o México. Na ultima sexta-feira (24), um avião fretado pelo governo dos Estados Unidos enviou de volta ao Brasil cerca de 70 imigrantes ilegais. Alguns deles voaram algemados pelos pés e pelas mãos. Foi o segundo voo de deportados autorizado pelo governo brasileiro. No sábado (25), Bolsonaro afirmou que é "direito" dos Estados Unidos deportarem brasileiros que entraram no país ilegalmente. "Qualquer país, as suas leis têm de ser respeitadas". "Qualquer país do mundo onde pessoas estão lá de forma clandestina, é um direito daquele chefe de Estado, usando das leis, devolver aqueles nacionais", afirmou Bolsonaro.