Professor da Faap usa bíblia para defender Trump em artigo na Folha

Professor de Relações Internacionais da PUC-SP critica em seu Facebook texto de Marcus Vinicius de Freitas, publicado em Tendências e Debates da Folha, que usa a bíblia para defender Donald Trump. Leia aqui.

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Professor de Relações Internacionais da PUC-SP critica em seu Facebook texto de Marcus Vinicius de Freitas, professor visitante da Blavatnik School of Government da Universidade de Oxford, publicado em Tendências e Debates da Folha, que usa a bíblia para defender Donald Trump. Leia aqui. Texto extraído do Facebook do professor de Relações Internacionais da PUC-SP Reginaldo Nasser Vejo por acaso um texto - "Nova era nos EUA" - na coluna Tendências e Debates . O autor é Marcus Vinicius de Freitas que se identifica como docente de relações internacionais da Faap e professor visitante da Blavatnik School of Government da Universidade de Oxford. Trata-se de um conjunto de frases que parecem extraídas de campanha publicitária do partido republicano. Escolho algumas: "Um mandato (Presidência da República) quase sagrado e uma obrigação solene. Daí a importância do juramento sobre a Bíblia, algo que não deve ser assumido levianamente". Moral da historia: A Bíblia garante! Vejam essa agora: "Muitos não dormirão em paz com o discurso de Trump. Os islâmicos radicais, os chineses, os mexicanos, alguns ditadores e, principalmente, aqueles que, de alguma forma, desdenharam da possibilidade de o empresário-apresentador virar presidente". Moral da historia... nacionalismo xenofóbico. Escutem essa agora: "A chuva no Capitólio no dia da posse foi um bom sinal, como lembrado pelo líder religioso, ao final. Chuvas são essenciais a boas colheitas". Moral da historia, é bom ter chuva. E agora a melhor de todas. Entrando no campo de sua profissão (RI), aconselha a leitura do livro de Trump: "A arte da negociação... buscar oportunidades de parcerias vantajosas para ambos os lados. É chegado o tempo de adequar-se às novas realidades e não ficar reclamando".  Que fantástico conselho. Negocie e não reclame. Pois é, a ser verídica a informação de que é professor visitante em Oxford, somos obrigados a concluir que não é apenas o nosso sistema educacional que está falido. A coisa degringolou geral. Apenas fico pensando o que os alunos devem ouvir em sala de aula além de questões meteorológicas e bíblicas.