Professores e estudantes aderem à paralisação na USP

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Ontem à noite, (4) professores e estudantes, reunidos em assembleias distintas, votaram pela paralisação imediata, aderindo à greve dos funcionários. À tarde, os estudantes bloquearam a entrada do portão principal, onde está a entrada do prédio da Fuvest, para protestar contra o projeto Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), de ensino à distância para licenciaturas.

O projeto de abertura de vagas em cursos de graduação para licenciatura à distância é uma política do governo do estado e alvo de uma das principais críticas dos estudantes, mas o fato que precipitou a greve dos professores e alunos foi a entrada da força tática da polícia militar no campus Butantã, evento que não ocorria desde 1979, no governo militar.

Segundo a Associação de Docentes da USP (Adusp), a greve dos professores é feita “em repúdio à presença de PM no campus, pela retomada das negociações e da pauta do Fórum das Seis”. Na assembleia dos estudantes, a votação da paralisação também teve como pautas a Univesp, os processos movidos pela Reitoria contra alguns alunos e a multa contra o Diretório Central de Estudantes (DCE)sendo estes últimos frutos da ocupação do prédio em 2007.

Os funcionários já estão em greve desde 5 de maio. Eles reivindicam reajuste salarial de 16%, cumprimento do acordo do aumento de R$ 200,00, retirada dos processos contra funcionários por suas atividades sindicais e a consequente readmissão do líder sindical Claudionor Brandão, demitido por processo contra ele movido após a ocupação de 2007. O Sindicato dos Trabalhadores da USP (SintUSP) acusa a reitora de não querer dialogar sobre as pautas de “repressão à liberdade sindical” que, de acordo com o sindicato, é a principal pauta da categoria.

Em 25 de maio, em reunião marcada entre o Fórum das Seis (Fórum que reúne as seis entidades representantes das categorias de servidores nas três universidades estaduais) e o Conselho de Reitores das Universidades do Estado de São Paulo (Cruesp), foi negada a entrada de Brandão, ainda líder do sindicato, para participar das negociações. No dia, houve ocupação da reitoria, logo dissolvida em assembleia das três categorias em frente ao prédio.

Fora da USP - Os funcionários da Unesp e da Unicamp também estão paralisados e exigem a volta das negociações com o Cruesp. A assessoria de imprensa da atual presidente do conselho, a reitora da USP Suely Vilela, afirma que a reitoria está sem disponível para voltar às negociações. O Fórum das Seis alega que não tem recebido resposta quanto aos pedidos de volta das negociações.