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Jô Soares faz hoje (16), com Ziraldo, o recordista em entrevistas, seu último programa. Apresentador, que ficou no ar por 28 anos, nunca se furtou ao debate político, tendo inclusive a casa pichada depois de entrevistar a presidente Dilma Roussef, em 2015.
Da Redação
Nesta sexta-feira (16), o maior talk-show da TV brasileira sai do ar. O Programa do Jô se despede de forma digna, depois de ficar 28 anos no ar. Começou com o Jô Soares Onze e Meia, exibido entre 1988 e 1999 e depois, na Globo, com o Programa do Jô, de 2000 até 2016. Ele fez cerca de 15 mil entrevistados ao longo de 5,6 mil edições.
O apresentador foi líder absoluto de audiência até 2014, quando começaram a surgir os huoristas Danilo Gentili, Rafinha Bastos, Fábio Porchat e Mário Adnet. Mesmo assim não mudou o formato do seu programa.
Jô Soares nunca se furtou a colocar no ar discussões políticas. Com isto, foi alvo de várias polêmicas. Em 2015, entrevistou a presidente Dilma e recebeu críticas. Teve até a casa pichada com ameaças. Neste ano, defendeu o ator José de Abreu contra a intolerância política e chegou a usar vermelho no programa. Depois, mudou o tom ao convidar e elogiar Sérgio Moro, responsável por conduzir a Operação Lava-Jato - mas o juiz recusou.
A decisão de encerrar o programa foi tomada há dois anos. "Queria sair de forma digna e não de maneira melancólica. Prefiro deixar saudade. As pessoas falam com carinho até hoje do Viva o Gordo (1981-1987), do Planeta dos homens (1976-1982), do Faça humor, não faça guerra (1970-1973). Quero isso para o Programa do Jô", disse, em entrevista recente ao jornal O Globo.
O último entrevistado de Jô Soares será o ilustrador Ziraldo, que esteve 26 vezes no programa ao longo destes 28 anos. Um recorde absoluto.
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