Projeto no Peru quer anistiar militares

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O presidente da Comissão de Defesa do Congresso peruano, Edgar Núñez, informou que o organismo vai apresentar um projeto de lei multipartidário para anistiar militares processados, o que beneficiaria cerca de 600 membros das Forças Armadas e da Polícia. 

O objetivo da lei é perdoar militares e policiais que acumularam processos por violações dos direitos humanos no decorrer da luta contra o terrorismo.
Núñez, membro do partido Apra (governista), explicou em entrevista ao jornal Perú 21 que a iniciativa pretende ajudar as patentes subalternas tanto das Forças Armadas como da Polícia, que foram processados por terem obedecido a ordens de superiores.
"Estamos trabalhando nessa iniciativa com muito cuidado, porque não queremos que isso sirva de argumento para que setores de esquerda digam que nós buscamos o esquecimento e a impunidade", enfatizou.

Segundo Núñez, o projeto de lei poderia beneficiar 600 policiais e militares dos mais de três mil que atualmente têm processos em diferentes instâncias do Poder Judiciário.
Se o projeto for aprovado, Núñez disse que tomará cuidado para que aqueles que cometeram excessos contra a democracia não sejam anistiados.

O presidente García pediu no último dia 8, durante seu discurso em ocasião do 129º aniversário da Marinha, que fossem concluídos os processos dos militares que combateram grupos terroristas no país.

O ministro da Defesa, Antero Flores-Aráoz, disse que "acusam injustamente aqueles que venceram o terrorismo e estão confundindo eles com os violadores dos direitos humanos".